A introdução de alimentos complementares ao aleitamento
materno é uma das fases do bebê que mais geram insegurança aos pais. Dúvidas
como quando iniciar as papinhas, o que oferecer, como prepará-las e quanto o
bebê deve comer são alguns exemplos dos questionamentos mais comuns.
Quando introduzir a papinha?
Os alimentos complementares devem ser introduzidos com a
prescrição do pediatra, podendo variar de criança para criança.
Quando a criança recebeu aleitamento materno exclusivo até
os 6 meses de idade, as papinhas começam a ser introduzidas nesta idade, fase
em que as necessidades nutricionais da criança já não são mais atendidas só com
o leite materno. Embora este ainda continue sendo uma importante fonte de
calorias e nutrientes, devendo ser mantido até 2 anos ou mais.
A partir desta idade, o bebê apresenta maior maturidade
fisiológica e neurológica para receber outros alimentos, como por exemplo, a
diminuição progressiva do reflexo de protrusão da língua, o que facilita a
ingestão de alimentos semissólidos, a produção de enzimas digestivas em
quantidade suficiente para esta fase e o desenvolvimento da habilidade de se
sentar, permitindo o uso de colher com mais facilidade.
**A consistência adequada dos alimentos é um importante fator
que ajuda a garantir a oferta de energia para criança. Nessa idade, o estômago
do bebê tem o tamanho reduzido e a administração de alimentos muito diluídos
irá saciar a criança, sem, contudo, oferecer necessariamente quantidade
adequada de calorias e nutrientes.
Aos 6 meses os alimentos devem ser amassados com o garfo,
sem o uso de liquidificador ou peneiras para que sejam aproveitadas as fibras
dos alimentos. Nessa idade os dentes estão próximos das gengivas que, por
estarem mais endurecidas, auxiliam a triturar os alimentos.
A consistência da papinha deve aumentar progressivamente, de
forma que perto dos 9 meses a criança inicie o consumo de alimentos em pequenos
pedaços e aos 12 meses já consuma na mesma consistência com que são consumidos
pela família.
É importante lembrar que a educação alimentar se inicia
desde os primeiros dias.
**Outro ponto importante, é a oferta de alimentos
separadamente e não misturados, pois é uma forma da criança reconhecer o que
está sendo consumido e desenvolver aos poucos o paladar e as preferências
alimentares.
**O sal é usado para realçar o sabor de forma corriqueira no
preparo da refeição da família, mas que deve ser utilizado moderadamente na
alimentação do bebê. Isso porque o excesso de sódio, um dos componentes do sal,
pode causar hipertensão na criança, o conteúdo de sódio naturalmente presente
nos alimentos já é suficiente.
Não podemos nos esquecer da importância de oferecer água
potável para crianças a partir da introdução da alimentação complementar. Essa
conduta ajuda a preservar a saúde dos rins, sem que haja sobrecarga destes
órgãos.