Sim, pode. O HIV é um exemplo. Por isso, gestantes devem fazer teste de HIV no pré-natal e mulheres que estão amamentando devem saber que podem se infectar após a gestação e transmitir o vírus ao seu bebê. Uma medida preventiva importante é evitar o aleitamento cruzado (aquele que não é ofertado pela mãe do bebê). Outro tipo de infecção possível de ser transmitido dessa forma é a hepatite B, cujo vírus pode atingir a criança por meio do leite materno. Nesse caso, como prevenção, todos os lactentes devem ser imunizados contra a doença logo ao nascer, ainda na maternidade. Caso a mãe seja portadora do vírus, o bebê deve receber a vacina e também a imunoglobulina específica contra a hepatite B.
A mulher que amamenta e tomou vacina para febre amarela pode amamentar?
Ela deve ficar atenta às orientações do pediatra e das autoridades sanitária. Com a vacina febre amarela existe o risco de transmissão do vírus vacinal para o bebê pelo leite materno, caso a mãe receba a vacina durante o período de aleitamento até o sexto mês de vida da criança. Por isso, caso seja necessário a mãe receber a vacina nesse período, recomenda-se que o aleitamento seja suspendo pro 10 dias.
O aleitamento pode interferir nas vacinas orais, como poliomielite e rotavírus?
Não há interferência do aleitamento materno na resposta a nenhuma das duas vacinas. Elas devem ser fornecidas para todas as crianças, independente do aleitamento materno.
A vacina de rotavírus protege contra a infecção gastrointestinal provocada pelos principais tipos deste vírus. Mesmo não conferindo total proteção para os casos de diarreia, ela protege contra as formas mais graves da doença. Sempre é bom lembrar: o aleitamento materno, sozinho, não é suficiente para proteger contra a infecção pelo rotavírus. Por isso, é importante a vacinação como forma de melhor proteger o bebê contra essas infecções gastrointestinais.