segunda-feira, 20 de março de 2017

ALERGIA AO LEITE OU INTOLERÂNCIA À LACTOSE?? EIS A QUESTÃO!!

A alergia ao leite é uma questão que ronda a vida de mãe, pai, avó... Ao menor sinal de uma reação alérgica em crianças pequenas, a primeira hipótese levantada é essa.
Atualmente, cerca de 35% dos pais acham que seu filho tem alergia alimentar, porém, apenas 6% dos pequenos realmente apresentam-na. Isso acontece por conta da confusão entre intolerância e alergia; quando o alimento em questão é o leite, o engano é mais comum ainda.
Quantas vezes você já ouviu uma amiga ou conhecida dizer que o filho tem alergia ao leite? Muitas, não é mesmo? Mas, para ter um diagnóstico preciso e o melhor tratamento, é imprescindível consultar um médico, preferencialmente, o pediatra da criança.
Como informação nunca é demais, ainda mais na vida de mãe, separamos as principais diferenças entre alergia e intolerância para você entender melhor.

Alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico à presença da proteína do leite no organismo, como se a proteína fosse um agente estranho. 
Essa resposta pode acontecer de diversas maneiras, por meio de febre, urticárias, sintomas nos sistemas respiratório e digestivo, diarreia, entre outras.
Na maioria das vezes, quem possui alergia ao leite provavelmente já nasceu com a doença e, após o diagnóstico médico, precisa excluir o leite de todos os tipos – vaca, cabra, etc. – e seus derivados da dieta.
Mas atenção, mamãe: nunca restrinja a alimentação do seu filho sem orientação médica, isso pode ser mais prejudicial do que você imagina e chegar à desnutrição. Caso você note alguns dos sintomas de alergia, o melhor a fazer é procurar o pediatra do seu filho imediatamente. As reações da alergia ao leite são graves e merecem muito cuidado.

A intolerância à lactose acontece quando há deficiência ou falta da produção da enzima lactase, responsável por digerir a lactose, o açúcar do leite. Com isso, a lactose não é absorvida e fica no intestino, podendo causar dores abdominais, distensão, gases e diarreia – sintoma mais característico da intolerância.
Ela pode surgir em qualquer fase da vida, ou seja, crianças e adultos estão sujeitos a desenvolvê-la.
Diferente da alergia ao leite, a intolerância não é congênita, não traz risco à vida e, em muitos casos, não necessita da exclusão total da lactose da dieta. 
A ingestão de leite e seus derivados com baixo teor de lactose já ajuda, porém, é preciso consultar o médico para saber o nível de intolerância e evitar o desconforto.

Enfim, mamãe, como os sintomas são parecidos, é preciso ficar bem atenta e levar seu filho regularmente ao pediatra.

A Organização Mundial de Saúde recomenda a amamentação exclusiva até os seis meses de idade e o Ministério da Saúde recomenda a continuidade do aleitamento materno até os dois anos de idade, mesmo após a introdução de novos alimentos. 

terça-feira, 14 de março de 2017

O QUE É DIARRÉIA?

Diarréia é definida como o aumento do número de evacuações e redução da consistência das fezes. Se o quadro acontecer de forma brusca, é chamado de diarréia aguda e, na grande maioria das vezes, a causa é infecciosa.
 A sua duração é autolimitada, no máximo 14 dias. O aleitamento materno é o principal fator de proteção para a ocorrência de diarréia entre os lactentes.A criança pode adquirir um vírus, agente etiológico mais comum, ou uma bactéria na água ou algum alimento ingerido, que coloniza o trato gastrintestinal levando a um processo inflamatório com má-absorção de água e eletrólitos. Associado ao quadro pode haver dor abdominal, vômitos, febre, fezes com muco e sangue.
Não há nenhum tratamento específico para diarréia aguda.

Na grande maioria dos casos, orienta-se:

Manter a criança hidratada – oferecer a alimentação que ela está acostumada, sem excessos. 
Oferecer água ou soro de reidratação oral em pequenas quantidades durante o dia e após as evacuações. O soro oferece água e eletrólitos que são perdidos nas evacuações.
Controlar os sintomas como febre, vômitos e dor abdominal, e medicar conforme a orientação do pediatra
Nos casos em que não está ingerindo nada ou a diarréia é muito intensa, pode precisar de hidratação intravenosa.

Hoje em dia com a melhora das condições higiênico sanitárias em geral e a vacinação contra o rotavírus houve uma redução importante da prevalência de diarréia aguda em nosso meio.
A diarréia crônica é caracterizada como aquela que se estende por período superior a 30 dias ou pela frequência de 3 ou mais episódios de curta duração em intervalo de tempo inferior a 2 meses. 
Nessa situação, pode-se observar comprometimento do crescimento da criança e várias causas devem ser investigadas para o adequado tratamento.


sábado, 4 de março de 2017

ÁGUA E SUA IMPORTÂNCIA PARA BEBÊS E CRIANÇAS!

O conteúdo total de água no corpo de um adulto corresponde a 60 - 65 % do peso corpóreo.

Nas crianças possuem cerca de 80% do peso corpóreo constituído de água (nos recém - nascidos, essa porcentagem pode ser ainda maior); e os idosos apresentam de 40 a 50% do peso corpóreo constituído por água.

Normalmente as pessoas bebem pouca água no dia a dia, isso inclui as mamães e futuras mamães.

Como consequência deste mau hábito, as mamães e/ou cuidadores das crianças acabam não oferecendo água suficiente para seus filhos, ignorando a importância da hidratação diária das crianças.

Um bebê que é amamentado não necessita de água, chá ou suco. O leite materno oferece ao bebê até os seis meses de idade quantidades de água suficiente para sua hidratação, já que sua composição é de aproximadamente 88% de água.

Por isso, no período da amamentação, quem precisa de muita água para garantir quantidade de nutrientes suficiente para o leite materno é a mãe. Nos dias mais quentes, o que ocorre é que aumenta a necessidade do bebê mamar mais vezes (e, como consequência, a mãe precisa ingerir uma quantidade a mais de água).

Para as crianças a água exerce um papel importante no crescimento e funcionamento do organismo, melhora as funções dos rins, bexiga e intestinos.

Sempre ofereça água às crianças, pois elas são menos sensíveis a sentir sede durante uma atividade e podem não perceber a necessidade de água requerida pelo organismo.

Caso a criança perca muita água através de transpiração excessiva ou pelo trato gastrointestinal, como febre, diarréia ou vômito, consulte seu pediatra e verifique a necessidade de se aumentar a ingestão de água para garantir a perfeita hidratação do seu filho.

Quantidade de água requerida conforme a faixa etária de acordo com a DRI (Dietary Reference Intakes):

 0 a 6 meses - 700 ml
Incluindo leite materno ou fórmula infantil


 7 a 12 meses -  800 ml
 Incluindo leite materno, fórmula infantil e alimentação complementar


 1 a 3 anos - 1300 ml
 900 ml como sucos, outras bebidas e água


 4 a 8 anos -1700 ml
 1200 ml como bebidas e água


 9 a 13 anos - 2400 ml – meninos 
                       2100 ml - meninas
 (meninos, 1800 ml como bebidas e água) e (meninas, 1600 ml como bebidas e água)


 14 a 18 anos - 3300 ml – meninos 
                         2300 ml - meninas
 (meninos, 2600 ml como bebidas e água) e (meninas, 1800 ml como bebidas e água)










quarta-feira, 1 de março de 2017

QUANDO E COMO INICIAR A ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR ??

A partir dos 6 meses, o bebê deve começar a ingerir outros alimentos, introduzidos na dieta dele de forma lenta e gradual, inicialmente sem rigidez. 
Deve-se lembrar que a recusa inicial não significa que ele não goste; geralmente só não está acostumado com a textura, o odor e o sabor. Por isso é importante ter paciência e muito carinho na hora de iniciar a chamada “alimentação complementar”. 
É muito importante oferecer uma alimentação complementar variada desde o início para que o bebê entre em contato com diferentes “sabores” e “texturas”, o que estimula hábitos alimentares saudáveis pelo resto da vida.
De forma sucinta, é possível descrever “Dez Passos” que estimulam uma alimentação saudável para crianças menores de 2 anos, sendo o primeiro ano de vida o mais importante nesse processo.

 Esses passos são:

1. Dar somente leite materno até os 6 meses sem oferecer água, chás nem nenhum outro alimento.

2. A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno, se possível, até 2 anos ou mais.

3. A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) por volta de 3 vezes ao dia.        
 a. No 6º mês, oferecer 2 refeições com frutas amassadas e 1 papa de carne com legumes.       
 b. No 7º mês, oferecer 2 refeições de papa de carne com legumes e 1 de frutas.

4. Oferecer a refeição, no início, sem rigidez de horário, respeitando a vontade da criança.

5. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com colher. Começar com consistência pastosa (purê) e, gradativamente, aumentar até chegar à consistência da alimentação da família.      
  a. Do 6º ao 9º mês, oferecer alimentos bem cozidos, amassados com garfo, para que se atinja a consistência pastosa.       
  b. A partir do 9º mês, os alimentos ainda devem estar cozidos, mas já podem ser menos amassados e até cortados em pedaços pequenos.      
  c. Com 12 meses de idade (1 ano), a criança já pode receber alimentos de consistência igual à da alimentação da família.

6. Oferecer à criança diferentes alimentos todo dia; uma alimentação variada é uma alimentação colorida. Há crianças que aceitam mais ou menos facilmente alguns alimentos, então continue a oferecê-los mesmo se houver recusa inicial.    
Os alimentos devem ser testados aos poucos, sendo necessário experimentar de 8 a 10 vezes o mesmo prato para que se possa avaliar sua aceitação.

7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. Os hábitos alimentares saudáveis são formados desde muito cedo.

8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Sal com moderação.    
  a. O açúcar só deve ser introduzido após 1 ano de idade.    
  b. Para temperar os alimentos, usar cebola, alho, óleo, salsinha e cebolinha.

9. Deve-se cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos e garantir seu armazenamento e sua conservação adequados.

10. Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo a alimentação habitual e seus alimentos preferidos e respeitando sua aceitação.Não esquecer de oferecer água quando a alimentação complementar se iniciar.