sábado, 21 de outubro de 2017

COMO CUIDAR DOS ÓRGÃOS GENITAIS DOS BEBÊS??

Esta é uma tarefa que os pais e cuidadores vão ter de enfrentar nos primeiros dois anos de vida do bebê. Sem dúvida desperta uma grande preocupação os cuidados que devem ser efetuados quando da troca das fraldas, principalmente para os pais de primeira viagem.
                Apesar dos cuidados gerais serem parecidos para meninos e meninas, existem algumas particularidades próprias de cada um. De maneira geral devemos cuidar da higiene com atenção a eventuais alterações e delicadeza. A pele não deve ser esfregada em demasia.
                Quanto às meninas deve-se sempre limpar de frente para trás, evitando-se, assim, a contaminação da vagina com resíduos de fezes. Nas meninas pode ocorrer nos primeiros dias de vida um pequeno sangramento vaginal decorrente dos hormônios do parto (absolutamente normal). 
A separação entre os grandes e pequenos lábios pode eventualmente contaminar-se com fezes. Neste caso utilize um cotonete para retirar o resíduo. Basicamente, usa-se água morna e sabonete neutro com gaze ou algodão. A água pode ser guardada em garrafa térmica, já temperada. Secar por pressão, ou seja, sem esfregar. Podem-se utilizar lenços de papel próprios. (muitas pessoas tem certo preconceito, porém, são muito úteis). Ao final utilizar creme protetor à base de óxido de zinco. Nunca trocar simplesmente a fralda sem fazer a limpeza, pois, o que provoca assaduras são os resíduos de fezes e urina, muitas vezes invisíveis.
                Nos meninos, o procedimento é o mesmo, valendo ressaltar que o pênis deve ser lavado sem sabonete para não provocar o que se chama de uretrite química, ou seja, o sabonete penetra na uretra – o canal por onde sai a urina – provocando ardor ao urinar. A preocupação quanto à presença de fimose, naqueles que não foram submetidos à circuncisão é grande. Não é motivo, no entanto, para tanto. 
Não se deve forçar a abertura precoce, pois, pode haver formação de uma pele menos elástica que vai atrapalhar a redução da fimose no futuro.
 Existem no mercado pomadas específicas para facilitar a redução da fimose com massagens. A Academia Americana de Pediatria orienta para que se aguarde os primeiros anos para se tomar providências. Muitas vezes ocorre a redução quase que espontânea.
                Quanto à higiene, o procedimento é igual ao das meninas.

                As fraldas deverão ser trocadas sempre que se perceba presença de urina ou fezes. Não se deve dar ouvidos às pessoas que dizem que não há necessidade de trocar as fraldas à noite, para “não acostumar” a criança. Em algumas circunstâncias, como nos recém-nascidos ou quando se fez uso de antibióticos ou corticosteroides, pode aparecer uma assadura específica provocada por “sapinho”.  Esta é uma assadura que invade as dobras da pele do bebê e não costuma melhorar com as pomadas comuns, necessitando de avaliação pelo Pediatra.

domingo, 15 de outubro de 2017

O QUE É A HEPATITE B?

    A Hepatite B é uma infecção viral que ocorre no fígado  e que pode se desenvolver na forma doença aguda ou crônica.
É considerada uma ameaça potencial à vida.

" Todas as idades correm risco de contrair o vírus"

Os principais transmissores para um bebê ou criança são:

- mães  - irmãos    -  contatos domiciliares

As crianças infectadas antes dos 6 anos tem maior risco de desenvolvimento de um caso crônico de hepatite B.
                 **80 a 90% das crianças infectadas durante o primeiro ano de vida desenvolvem a forma crônica da doença.

O vírus pode ser contraído através de sangue ou líquidos corporais de uma pessoa infectada. Por exemplo,  por meio de:
- No nascimento, da mãe para o bebê
- Compartilhamento de ítens como escovas de dente (saliva)
- Transfusões de sangue
- Relações sexuais e compartilhamento de agulhas

*** O vírus da Hepatite B é 50 a 100 vezes mais infeccioso que o HIV e pode sobreviver fora do organismo por pelo menos 7 dias.

Quais são os sintomas??

- Amarelamento da pele e  dos olhos (icterícia)
- urina escura
- fadiga extrema
- náusea/vômitos
- febre
- dor abdominal

** Se a doença persistir podem incluir cirrose hepática e câncer de fígado
** Estima-se que quase um terço da população mundial foi infectada em algum momento sude suas vidas

A hepatite pode ser prevenida através da vacinação em quatro doses, sendo a primeira ao nascer.

domingo, 1 de outubro de 2017

ANEMIA! ENTENDA SUAS CAUSAS E COMO EVITÁ-LA!

    A anemia é caracterizada pela queda dos níveis de hemoglobina no sangue da criança. A hemoglobina (substância que dá a cor vermelha ao sangue) é uma molécula que carrega o oxigênio para os tecidos.    Para se detectar a anemia é necessário fazer um exame de sangue (hemograma) e ela é confirmada quando os valores de hemoglobina são menores do que 11 g/dL (< 5 anos).    São vários os tipos e causas de anemia:


Anemia fisiológica

Acontece por volta dos 3 meses de idade quando a criança está substituindo a hemoglobina fetal (aquela que ela possui intra-ùtero) pela hemoglobina normal. Não é necessário tratamento e o bebê recupera sozinho os níveis normais

Anemias hereditárias

São anemias que tem causa genética, passam de pai ou mãe para filho. Podem ser mais ou menos intensas. O teste do pezinho identifica esse tipo de anemia. Neste caso o pediatra avalia se há necessidade de tratamento específico

Anemia ferropriva

É o tipo mais comum de anemia e as crianças menores de 2 anos são as mais atingidas. Este tipo de anemia ocorre por deficiência da ingestão de ferro na alimentação ou perda constante de sangue em pequenas quantidades. O ferro é parte fundamental da estrutura da hemoglobina, sem ele a hemoglobina não consegue carregar o oxigênio com eficiência

 **Por que existe o risco de anemia ferropriva no bebê?    
     Nessa idade, a criança tem um acelerado crescimento e desenvolvimento cerebral e a necessidade de se obter ferro da dieta é, proporcionalmente, muito mais alta do que a de um adulto. O ferro, além de participar da formação da hemoglobina, também é importante para o funcionamento e formação das estruturas cerebrais.    Apesar da necessidade aumentada, por vezes, a criança não consegue ingerir toda a quantidade de ferro que precisaria ou podem existir fatores na dieta que atrapalham a sua absorção.    Alguns fatores alimentares, no entanto, podem contribuir para reduzir o risco de anemia nos bebês:


A dieta materna

A alimentação durante a gravidez já é importante. A ingestão adequada de alimentos fontes de ferro, o acompanhamento pré-natal adequado e a utilização das vitaminas/ferro conforme a recomendação do obstetra ajudam a formar os depósitos de ferro do bebê, o que o ajudará a não desenvolver anemia durante os primeiros meses

O aleitamento materno

O bebê deve mamar exclusivamente no peito até os 6 meses, sem nenhum outro alimento. O leite materno tem a quantidade adequada de ferro que é muito facilmente absorvida. A mãe também deve se alimentar bem nessa fase

Usar um substituto adequado do leite materno

Na impossibilidade do aleitamento materno o adequado é o uso de fórmulas infantis e não de leite de vaca. O leite de vaca tem pouco ferro e não é bem absorvido, além disso, pode levar a pequenos sangramentos intestinais que aumentam as perdas de hemoglobina e com ela o ferro. As fórmulas infantis fornecem quantidades adequadas de ferro para o bebê

Alimentação complementar adequada

A partir do sexto mês de vida deve-se introduzir a alimentação complementar. Ela deve ser rica em alimentos como a carne bovina que possui grandes quantidades de ferro de boa absorção (chamado ferro heme). Usa-se ferro complementar diariamente.

Não oferecer para os bebês:

café, grandes quantidades de chá e refrigerantes. Eles atrapalham a absorção do ferro proveniente da alimentação



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Se a criança já está com anemia, além de ajustes na alimentação, pode ser necessária a suplementação de ferro na forma de medicamento.