quinta-feira, 18 de julho de 2019

O QUE SÃO SINÉQUIAS VULVARES?


Sinéquias vulvares também são conhecidas como aderências de pequenos lábios e caracterizam-se pela fusão parcial ou total dos lábios internos da vulva por meio de uma membrana fibrosa. É um problema relativamente comum nas meninas, com pico de incidência entre os dois meses e os dois anos de idade.

Acredita-se que esse problema seja causado pelos baixos níveis hormonais naturais da infância, que fazem com que o revestimento dos tecidos da vulva da criança seja mais suscetível a processos inflamatórios crônicos, os quais lesionam o epitélio das mucosas dos lábios internos e favorecem que estes cicatrizem de forma inadequada, com a formação de membranas fibrosas (ou sinéquias).

 A maioria dos casos não apresenta sintomas e se resolve espontaneamente. Algumas vezes, entretanto, podem aparecer sintomas como incontinência urinária, gotejamento pós-micção, infecções do trato urinário, sangue na urina e aumento da frequência das micções. 
O diagnóstico é realizado por meio do exame direto da genitália, sem necessidade de nenhum outro exame adicional.

O tratamento vai depender da intensidade e gravidade dos sintomas. Pacientes assintomáticas podem ficar sem tratamento, uma vez que em até 80% dos casos as sinéquias vulvares se resolvem espontaneamente com o aumento dos níveis hormonais da adolescência. Já os casos sintomáticos podem ser tratados com cremes a base de hormônios ou corticoides, enquanto um pequeno número de casos resistentes ao tratamento clínico ou com aderências muito espessas possam necessitar de tratamento cirúrgico. A separação manual das sinéquias tem alto risco de recorrência e de espessamento das aderências. Casos que evoluam com infecção podem precisar de antibióticos.

Devem ser orientados cuidados de higiene para evitar a recorrência do problema. Troca de fraldas sempre que necessário para evitar inflamações por atrito ou pelo acúmulo de urina e atenção a processos alérgicos a produtos habitualmente utilizados para a limpeza e tratamento precoce de inflamações são recomendáveis.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

ALEITAMENTO MATERNO E VACINAS - Segunda Parte

O aleitamento pode transmitir infecções para a criança?

Sim, pode. O HIV é um exemplo. Por isso, gestantes devem fazer teste de HIV no pré-natal e mulheres que estão amamentando devem saber que podem se infectar após a gestação e transmitir o vírus ao seu bebê. Uma medida preventiva importante é evitar o aleitamento cruzado (aquele que não é ofertado pela mãe do bebê). Outro tipo de infecção possível de ser transmitido dessa forma é a hepatite B, cujo vírus pode atingir a criança por meio do leite materno. Nesse caso, como prevenção, todos os lactentes devem ser imunizados contra a doença logo ao nascer, ainda na maternidade. Caso a mãe seja portadora do vírus, o bebê deve receber a vacina e também a imunoglobulina específica contra a hepatite B.

A mulher que amamenta e tomou vacina para febre amarela pode amamentar?

Ela deve ficar atenta às orientações do pediatra e das autoridades sanitária. Com a vacina febre amarela existe o risco de transmissão do vírus vacinal para o bebê pelo leite materno, caso a mãe receba a vacina durante o período de aleitamento até o sexto mês de vida da criança. Por isso, caso seja necessário a mãe receber a vacina nesse período, recomenda-se que o aleitamento seja suspendo pro 10 dias.

O aleitamento pode interferir nas vacinas orais, como poliomielite e rotavírus?

Não há interferência do aleitamento materno na resposta a nenhuma das duas vacinas. Elas devem ser fornecidas para todas as crianças, independente do aleitamento materno.
A vacina de rotavírus protege contra a infecção gastrointestinal provocada pelos principais tipos deste vírus. Mesmo não conferindo total proteção para os casos de diarreia, ela protege contra as formas mais graves da doença. Sempre é bom lembrar: o aleitamento materno, sozinho, não é suficiente para proteger contra a infecção pelo rotavírus. Por isso, é importante a vacinação como forma de melhor proteger o bebê contra essas infecções gastrointestinais.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

ALEITAMENTO MATERNO E VACINAS - primeira parte

O aleitamento materno é suficiente para proteger a saúde do bebê?

Não. Trata-se de um ato importante e recomendável, mas sozinho não consegue oferecer proteção total contra problemas de saúde. O bebê que se alimenta exclusivamente de leite materno até os seis meses de vida está protegido contra diversas doenças. No entanto, o aleitamento materno sozinho não é suficiente para protegê-lo contra todas elas. Por isso, é fundamental a correta vacinação de seu bebê, seguindo as orientações de seu pediatra e das autoridades sanitárias. E um detalhe que reforça a importância do aleitamento: se a criança mama no peito responderá mais rapidamente ao efeito das vacinas, produzindo anticorpos. 

Como agem o aleitamento materno e as vacinas na proteção do organismo da criança?

A amamentação protege o bebê transferindo fatores imunológicos da mãe. Entre as doenças prevenidas pela amamentação estão as infecções gastrointestinais bacterianas. Além disso, o leite materno também diminui a agressividade do agente infeccioso. Já a vacina leva o bebê a criar anticorpos contra o agente imunizante presente na vacina. Ou seja, cada vacina age contra uma doença específica. Por isso, as duas formas de proteção devem ocorrer conjuntamente. Portanto, todas as crianças devem receber todas as vacinas, independentemente de serem ou não alimentadas com leite materno. Lembre-se: a proteção transmitida pelo leite materno é diferente daquela produzida pelas vacinas.