Porque nessa idade a criança tem suas necessidades
nutricionais aumentadas. Ela precisa de outros alimentos complementares e
adequados à sua idade, além do leite materno para que não corra o risco de ter a
temida anemia e a desaceleração do crescimento.
- Porque quando se coloca a colher na boca do bebê ele empurra
com a língua?
- Quando se oferece um alimento que a criança não aceita
significa que ela não gosta ou tem algo que faz mal para ela?
Não é porque o bebê não come o alimento na primeira vez que
se deve desistir. A criança precisa entrar em contato com aquele alimento – em diferentes
preparações, dias, consistências – umas 8 a 10 vezes para se acostumar. Por
isso é importante variar, para ele ir acostumando com tudo.
- Quando não é possível preparar a alimentação do bebê, há
problemas em se oferecer as papinhas prontas? Quando entrar com a alimentação
da família?
Especialmente para bebês, na fase entre 6 a 10 meses,
recomenda-se não se introduzir a alimentação dos adultos. A quantidade de sal,
óleo refogado, tipo de alimento, quantidade de gordura, entre outros fatores,
pode não ser saudável para uma criança que ainda é imatura (rins, intestinos,
cérebro amadurecendo). Há recomendações nutricionais específicas para esses
bebês que devem ser respeitadas para se reduzir o risco de desenvolvimento de
doenças em curto e longo prazo.
Nesse caso utilizar os alimentos específicos
para bebês é melhor opção – realmente eles não têm conservantes, contém
produtos naturais, sua composição é adequada para cada idade do bebê. Pode-se
pensar em usá-los de forma isolada ou combinada com outros alimentos, na
composição de um cardápio saudável. Isso é uma opção, também, quando é
necessário levar alimentos para o bebê em passeios, viagens, consultas. É mais
seguro do que manter alimentos preparados em casa fora de refrigeração – que
podem rapidamente entrar em deterioração. A alimentação usual da família
somente deverá ser oferecida a partir do primeiro ano de idade, desde que
contenha pouca quantidade de sal e gordura e seja rica e variada na oferta de
legumes e verduras em geral.
O bebê só quer mamar e não quer comer, o que fazer?
Essa é uma situação comum no começo da alimentação
complementar. Há crianças que preferem mamar, mas elas devem ser estimuladas a
provar os alimentos complementares. É importante que a família toda esteja
segura e tire as dúvidas com o pediatra nessa fase. Cada criança se comporta de
uma forma diferente – imprimi a sua personalidade desde muito cedo. É como
aprender a andar, precisa de ajuda, cuidado e carinho para que ela entre e
ultrapasse essa etapa tão importante. No começo é mais difícil, mas de repente
ela deslancha. Aí é só alegria e satisfação.
Há algum alimento proibido para o bebê?
Todos os alimentos saudáveis estão liberados. Não se deve
usar, especialmente nos menores de um ano, sucos artificiais, refrigerantes,
café, alimentos com adição de açúcar (sacarose), salgadinhos, alimentos com
adição de gordura hidrogenada, entre outros. Não é porque a criança está
olhando um pacote colorido que ela quer comer ou beber o que tem dentro. Todos
da família devem estar unidos para que ele tenha, nessa fase tão especial, uma
alimentação cada vez mais saudável.
Deve-se continuar amamentando o bebê quando ele já come?
Sem dúvida, a criança que está sendo amamentada deve
continuar. O aleitamento materno deve acontecer até dois anos ou mais. O
tempo vai passando e os horários de “comida” e “mamada” vão ficando bem
organizados. Ao final do primeiro ano de vida é comum a criança mamar umas 3 a
4 vezes ao dia e nos outros horários comer. Não é verdade que mamar no peito
“vicia” e por isso a criança deixa de comer “comida”. É uma transição natural
de comum acordo, sempre que possível, entre criança e mãe. Se a criança estiver
recebendo mamadeira – fórmula infantil – o volume a ser ingerido, em média
durante o dia, deve ser de 500 a 600 mL. Crianças menores de um ano não devem
receber leite de vaca integral e não se deve adicionar alimentos que não são
próprios ao bebê como açúcares, farinhas, mel, achocolatados, entre outros. Os
cereais infantis enriquecidos são uma opção adequada e contribuem para melhorar
a oferta de vitaminas e sais minerais.
** Converse sempre com o seu Pediatra. É
ele quem mais entende da saúde do seu bebê.
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