A hiperatividade conhecida também como TDAH (Transtorno de
déficit de atenção e hiperatividade) é um distúrbio comum, mas, pouco
divulgada, difícil de detectar e fácil de confundir.
O distúrbio trata-se da
síndrome da conduta, de origem neurobiológica, mais frequente durante
a infância.
Estima-se que cerca de 5% da população infanto-juvenil, de 3 a 16
anos, desencadeou TDAH, porém, esse distúrbio ocorre mais frequentemente nos
meninos.
Uma das causas da hiperatividade é a hereditariedade. No
entanto, muitas crianças que não apresentam histórico familiar possuem o
hiperativismo. Nestes casos, cientistas afirmam que uma das principais razões
para ter desencadeado o distúrbio, foi na gravidez.
De acordo com a DSM-IV (Manual de diagnóstico e estatística
das perturbações mentais), gestantes que abusam do cigarro, ou de substâncias
químicas, tem grandes chances de desenvolver uma criança hiperativa.
Problemas
no parto também aumentam as chances da criança desenvolver o transtorno.
Um grande problema nas escolas com pais e professores é a
dificuldade que eles sentem para identificar se a criança é portador de TDAH,
ou se o que lhe falta é limites, pois os sintomas são muito parecidos.
Para identificar o hiperativismo alguns comportamentos devem
ser observados com mais atenção, como:
- Baixa autoestima: A criança desenvolve baixa autoestima
devido a sua impopularidade;
- Impulsividade: reagem sem pensar nas consequências,
são impacientes e interrompem conversas e tarefas sem nenhum receio. Não
respeita a vez dos outros;
- Falta de concentração é uma das
características marcantes, eles não se atentam aos detalhes, nem à organização,
nem as instruções.
- Falta de persistência é comum na
hiperatividade, eles não terminem as tarefas, evitam as que precisam de um
esforço contínuo;
- Distrai- se com muita facilidade e esquece o que
deveria fazer;
- Surdez fictícia: pois, parece não escutar o que a outra está
falando.
Para um diagnóstico preciso é necessário que esses sintomas
ocorram com frequência e não de vez em quando. A criança pode ser avaliada por
um pediatra ou até mesmo por um psicólogo infantil, que é o profissional mais
indicado e que irá realizar diversos testes de atenção e também de
autocontrole.
A criança hiperativa necessita de ajuda e de um
acompanhamento profissional para melhorar ou anular os sintomas do transtorno,
diminuir ou eliminar os sintomas associados e melhorar a aprendizagem,
linguagem, escrita, relação social e familiar.
Para que isso ocorra, o especialista deverá oferecer
informações aos pais e professores, além de tratamento farmacológico (uso de
remédios) se necessário e tratamento psicopedagógico.
Os pais desempenham um papel fundamental e muito importante
durante o tratamento. As crianças hiperativas necessitam de muito apoio,
compreensão e carinho, além de muita paciência para que aos poucos sua vida
entre no ritmo normal.
Geralmente, com a passagem da puberdade os sintomas da
hiperatividade vão reduzindo e a grande maioria que sofre com o transtorno
apresenta significativa melhora na fase adulta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário