Trata-se da elevação da temperatura corpórea. É considerada
febre a temperatura axilar, medida por meio de termômetro, que está acima de
37,8 °C. - O período do dia (no final da tarde a temperatura da criança é maior
do que à noite ou pela manhã), a atividade física e a quantidade de roupas
influenciam a temperatura corporal normal da criança. - É uma resposta do
organismo a uma situação em que ele se defende de algum agente agressor, como
uma infecção. - As causas mais comuns da febre são infecções benignas: gripes,
otites, pneumonias etc. - A febre pode ser tratada com antitérmicos prescritos
pelo médico. Além disso, deve-se reduzir o número de roupas e dar banho. -
Quando a febre preocupa mais (sinais de alerta): - Bebês de
menos de 3 meses com temperatura acima de 37,8 °C. -
Crianças de qualquer idade com febre acima de 39 °C. - Crianças de qualquer
idade, com qualquer intensidade de febre, que estejam abatidas e prostradas
(sem brincar) ou que apresentem outros sintomas associados à febre, como falta
de ar, manchas na pele, vômitos ou diarreia.
Trata-se de um mecanismo de defesa do sistema respiratório
diante de um agente agressor, inflamatório ou infeccioso. Pode ser seca ou
produtiva (com catarro). Diversas doenças levam a quadros mais ou menos intensos
de tosse. Como se trata de um mecanismo de defesa, a tosse não deve ser
inibida. Ajuda muito o uso de remédios fluidificantes (que deixam a secreção
menos espessa, favorecendo a expectoração), como lavagem do nariz com soro
fisiológico e inalações. É sinal de alerta de que algo não vai bem a tosse
acompanhada das seguintes situações: - Falta de ar. - Criança prostrada, sem
querer comer nem brincar. - Criança que não consegue beber líquidos nem mamar.
- Quando a região em redor da boca ou embaixo das unhas fica azulada
(arroxeada). - Secreção nasal ou pulmonar amarela ou esverdeada. - Vômitos
repetidos após a tosse ou provocados por ela. - Tosse com febre por mais de 3
dias.
É importante nesse tópico diferenciar vômito de
regurgitação. A grande maioria dos bebês pequenos (menos de 6 meses) regurgita
– isto é, devido a um mecanismo fisiológico normal há o refluxo do conteúdo
gástrico para a boca do bebê, causado por imaturidade dos esfíncteres
esofágicos (responsáveis pela contenção do líquido dentro do estômago). Esse
sintoma melhora com o passar dos meses. No vômito, há a saída abrupta do
conteúdo gástrico através da boca (em jato), o que representa uma condição de
doença, na maioria das vezes aguda. O que pode causar vômitos: - Quadros infecciosos
virais ou bacterianos. - Alimentos contaminados. - Intoxicação
medicamentosa. É muito importante
considerar que a criança que vomita pode desidratar-se rapidamente, em especial
se for pequena, necessitando de tratamento para a parada dos vômitos e a reidratação.
DIARRÉIA
A diarreia é caracterizada pela alteração do hábito
intestinal, com diminuição da consistência das fezes e aumento do número de
evacuações. Geralmente é causada por alguma infecção (como vírus e bactérias),
pode vir acompanhada de febre e tem cura espontânea: em 3 a 5 dias a criança já
está bem melhor. Nesse sentido é importante: - Aumentar a ingestão de líquidos
e reidratante oral para que a criança não se desidrate. - Saber que, se a
criança tiver vômitos, a chance de desidratação será muito maior. - Ficar
atento para ver se o bebê tem diurese (sinal de boa hidratação). - Observar a
cor, a consistência e a presença de sangue ou muco nas fezes. - Ter cuidado
especial em relação à prevenção de assaduras, uma vez que na diarreia as fezes
podem ser mais ácidas. - Continuar a oferecer a alimentação habitual, não é
necessário mudar nada no caso de diarreia aguda (duração de até 7 dias). -
Observar um sinal de alerta: a diarreia que não tem boa melhora após 7 dias
precisa ser investigada.
GRIPES E RESFRIADOS
Gripes e resfriados são processos infecciosos das vias
aéreas superiores que ocorrem com muita frequência. São causados por tipos
diferentes de vírus. Os sintomas mais comuns são: - Febre, que pode ser alta,
mas não dura mais do que 3 ou 4 dias. - Obstrução nasal. - Tosse, que pode ser
produtiva (com catarro) ou mais irritativa (seca). - Queda do estado geral (a
criança não mama direito, não dorme e fica mais irritada). Geralmente a gripe e
os resfriados passam sozinhos (após uns 5 dias) e não trazem complicações à
criança além do incômodo. As medidas mais indicadas para tratamento desses
casos são: - Fazer lavagens nasais, com solução fisiológica, várias vezes ao
dia. - Tratar a febre com antitérmicos conforme a prescrição do médico. - Aumentar
a oferta de líquidos e lembrar que nesse momento a criança pode querer comer
menos. - Manter a cabeceira do berço elevada porque, nessa fase, dormir é mais
difícil para o bebê. Como é a boa
evolução da gripe: melhora com o passar dos dias (3 primeiros dias); a criança
fica “desanimada” durante a febre e volta a brincar quando ela passa; a
secreção do nariz fica clarinha e melhora com o passar dos dias; e finalmente o
apetite retorna aos poucos por volta do 3º ou 5º dia.
OTITE
Otite é uma inflamação do ouvido (externo, médio ou
interno). - Ouvido externo: é formado por orelha, conduto auditivo e tímpano. -
Otite externa: tem ocorrência comum devido ao contato com a água (do mar, da
piscina ou do chuveiro). Aparece uma vermelhidão ou secreção no local. Deve-se
evitar a entrada de água no local por meio de curativos e tratar com
antibióticos de solução em gotas. - Ouvido médio: pequena cavidade logo após o
tímpano onde ficam os ossículos responsáveis pela audição (martelo, bigorna e
estribo) e a tuba auditiva, que liga o ouvido à garganta. - Otite média aguda:
pode ocorrer em conjunto com outras infecções respiratórias. Como há dor, a
criança pode ficar irritada, com febre e ter dificuldade para dormir ou mamar;
há saída de secreção pela orelha e diminuição da audição. O exame com o
otoscópio ajuda o médico a diagnosticar a infecção. - Ouvido interno: é
composto de duas partes, uma relacionada à audição (cóclea) e a outra ao
equilíbrio (canais semicirculares).
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