quarta-feira, 1 de junho de 2016

ENTENDA UM POUCO SOBRE ANEMIA!

    A anemia é caracterizada pela queda dos níveis de hemoglobina no sangue da criança. A hemoglobina (substância que dá a cor vermelha ao sangue) é uma molécula que carrega o oxigênio para os tecidos.    Para se detectar a anemia é necessário fazer um exame de sangue (hemograma) e ela é confirmada quando os valores de hemoglobina são menores do que 11 g/dL (< 5 anos).    

São vários os tipos e causas de anemia:

 Anemia fisiológica

Acontece por volta dos 3 meses de idade quando a criança está substituindo a hemoglobina fetal (aquela que ela possui intra-útero) pela hemoglobina normal. Não é necessário tratamento e o bebê recupera sozinho os níveis normais

Anemias hereditárias

São anemias que tem causa genética, passam de pai ou mãe para filho. Podem ser mais ou menos intensas. O teste do pezinho identifica esse tipo de anemia. Neste caso o pediatra avalia se há necessidade de tratamento específico

Anemia ferropriva

É o tipo mais comum de anemia e as crianças menores de 2 anos são as mais atingidas. Este tipo de anemia ocorre por deficiência da ingestão de ferro na alimentação ou perda constante de sangue em pequenas quantidades. O ferro é parte fundamental da estrutura da hemoglobina, sem ele a hemoglobina não consegue carregar o oxigênio com eficiência

 ** Por que existe o risco de anemia ferropriva no bebê?    Nessa idade, a criança tem um acelerado crescimento e desenvolvimento cerebral e a necessidade de se obter ferro da dieta é, proporcionalmente, muito mais alta do que a de um adulto. O ferro, além de participar da formação da hemoglobina, também é importante para o funcionamento e formação das estruturas cerebrais.    Apesar da necessidade aumentada, por vezes, a criança não consegue ingerir toda a quantidade de ferro que precisaria ou podem existir fatores na dieta que atrapalham a sua absorção.    Alguns fatores alimentares, no entanto, podem contribuir para reduzir o risco de anemia nos bebês:

 A dieta materna

A alimentação durante a gravidez já é importante. A ingestão adequada de alimentos fontes de ferro, o acompanhamento pré-natal adequado e a utilização das vitaminas/ferro conforme a recomendação do obstetra ajudam a formar os depósitos de ferro do bebê, o que o ajudará a não desenvolver anemia durante os primeiros meses

O aleitamento materno

O bebê deve mamar exclusivamente no peito até os 6 meses, sem nenhum outro alimento. O leite materno tem a quantidade adequada de ferro que é muito facilmente absorvida. A mãe também deve se alimentar bem nessa fase

Usar um substituto adequado do leite materno

 Na impossibilidade do aleitamento materno o adequado é o uso de fórmulas infantis e não de leite de vaca. O leite de vaca tem pouco ferro e não é bem absorvido, além disso, pode levar a pequenos sangramentos intestinais que aumentam as perdas de hemoglobina e com ela o ferro. As fórmulas infantis fornecem quantidades adequadas de ferro para o bebê

Alimentação complementar adequada

A partir do sexto mês de vida deve-se introduzir a alimentação complementar. Ela deve ser rica em alimentos como a carne bovina que possui grandes quantidades de ferro de boa absorção (chamado ferro heme)

**Não oferecer para os bebês:

café, grandes quantidades de chá e refrigerantes. Eles atrapalham a absorção do ferro proveniente da alimentação

 **  Se a criança já está com anemia, além de ajustes na alimentação, pode ser necessária a suplementação de ferro na forma de medicamento.


Um comentário:

  1. O grande problema hoje em dia em amamentar o bebê até os seis meses exclusivamente com leite materno é que a maioria das mulheres trabalham e voltam para os mesmos com 4 meses, sendo muitas vezes obrigadas a colocar o filho na creche. Bom seria que as licenças fossen de 7 meses então, para que as mães pudessem amamentar até os seis e ainda ter mais 1 mês para ir adaptando o bebê em casa. Mas enquanto isso não é possível o que fazemos? Não podemos oferecer pelo menos papinha de frutas a partir dos 4 meses?

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