A inclusão social é muito importante para o desenvolvimento
sadio e para as aquisições cognitivas da criança com Síndrome de Down. O
relacionamento com a família, como tias e primos, além das brincadeiras com
outras crianças e a integração escolar são essenciais. Todas as fases da vida
são importantes para o nosso desenvolvimento pessoal e não é diferente com a
criança com Síndrome de Down.
A família tem um papel muito importante nesse
processo de inclusão social porque será a responsável por estabelecer essa rede
de relacionamentos para a cria
Pela nossa legislação toda criança com deficiência deve
estudar em escola regular da rede pública. Embora essa inclusão seja um pouco
mais complexa, ela é importante para a criança com Síndrome de Down. Já temos
escolas que têm por princípio a inclusão de alunos com deficiências físicas e
intelectuais na educação infantil, o que favorece uma cultura de convívio desde
cedo. Isso é possível, as escolas só precisam adotar um projeto pedagógico que
facilite a interação desses alunos em sala de aula. Hoje em dia temos muitos
jovens terminando o ensino médio e até chegando aos cursos superiores.
Os pais enfrentam muitas dificuldades nesse processo
de inclusão escolar?
A principal dificuldade é a falta de informação. Muitas
escolas públicas desconhecem o potencial dessas crianças por não terem alunos
com Síndrome de Down e criam dificuldades para que os pais realizem a
matrícula. Na maioria das vezes é por não terem conhecimento sobre a
deficiência e até mesmo por desconhecerem a legislação. Todo esse processo de
acessibilidade é obrigação social da escola com os pais.
Quais são as principais orientações que devem ser
conduzidas pelos pediatras que favorecem a inclusão social da criança com
Síndrome de Down?
Peça aos pais que pesquisem escolas que tenham projetos
pedagógicos com os quais eles se identifiquem. Geralmente, escolas menores são
mais acolhedoras, têm um número mais reduzido de crianças por sala, com
auxiliares de professores em sala de aula. Algumas escolas públicas têm
cuidadores para acompanharem crianças com deficiência intelectual e física.
Tanto na escola privada como na pública, o importante é que
os professores acreditem que estas crianças aprendem , desenvolvendo
estratégias para que isto aconteça, além de garantir o convívio social da
criança com Síndrome de Down com os colegas de mesma faixa etária.
Como é o processo de inclusão do jovem com Síndrome de
Down no mercado de trabalho?
Existem algumas instituições que fazem essa mediação entre
jovens com Síndrome de Down e empresas. Algumas empresas que ainda não têm essa
cultura de contratação de pessoas com deficiências oferecem treinamentos para
seus funcionários a fim de estimular e facilitar o convívio no ambiente
corporativo.
Empresas mais estruturada como, por exemplo, a rede de
farmácias Droga Raia, já possuem um programa de contratação direcionado para
pessoas com deficiência intelectual, até mesmo antes de existir a cota de
obrigatoriedade. Porém, infelizmente algumas empresas preferem contratar
pessoas com deficiência física ou sensorial e não intelectual. As barreiras
físicas são mais fáceis de serem derrubadas que as barreiras atitudinais.
Sabemos que atualmente o jovem com Síndrome de Down já vem
se destacando no mercado de trabalho porque é inteligente e sabe se adaptar bem
ao ambiente corporativo.
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