domingo, 26 de novembro de 2017

ATENDIMENTO EM SALA DE PARTO


No momento do parto, a mãe e o bebê devem receber o atendimento adequado, amparados por uma equipe médica formada por um obstetra, um anestesista e um pediatra.
O pediatra dará os primeiros cuidados ao recém-nascido, intervindo nas situações emergenciais e garantindo um nascimento sem complicações para o bebê. Para isso, ele deverá estar informado sobre a saúde da mãe, a evolução da gravidez e suas possíveis complicações.
Como se preparar para um parto legal

Existem algumas providências que os pais podem tomar para que o nascimento transcorra da melhor maneira possível. Veja quais são:
**comparecer a todas as consultas do pré-natal;
** Procurar conhecer o pediatra que participará do parto, fazendo uma consulta durante o pré-natal e se você tiver algum convênio, se esse atenderá seu filho após o parto e nas consultas de puericultura.
 A empatia com os profissionais que participarão do nascimento de seu filho pode lhe trazer maior confiança e tranquilidade no parto;
Caso não seja possível conhecer o pediatra que participará do parto, procure se informar a respeito do mesmo.

**Lembre-se que é você que escolhe o pediatra e não o hospital em que terá seu filho!

Em caso de partos múltiplos (gêmeos, trigêmeos, etc.), deverá haver um pediatra para atender cada bebê e um equipamento completo disponível para cada um deles.
Qual o atendimento que o pediatra dá ao bebê recém-nascido?
Durante a gravidez, o bebê é alimentado através dos vasos sanguíneos da placenta, que tem como função nutrir e promover a troca gasosa, enviando oxigênio para o feto e eliminando gás carbônico. Nessa fase, o pulmão do feto ainda está cheio de líquido e o coração também tem funcionamento bastante restrito.
Com o nascimento, o ar entra com intensidade nos pulmões, por meio do choro, expulsando o líquido que havia no seu interior e substituindo-o pelo oxigênio. Assim, inicia-se a troca gasosa nos pulmões. Os vasos pulmonares são dilatados e direcionam o sangue para o lado esquerdo do coração. O nascimento ocasiona o funcionamento do pulmão do bebê de forma independente de sua mãe. Por se tratar de um fenômeno complexo e que exige uma série de ajustes no organismo do bebê, o nascimento deve ser acompanhado pelo pediatra que avalie se ele está se comportando da forma esperada ou se é necessário intervir para auxiliá-lo nesses momentos iniciais e decisivos para a sua saúde.

***Os primeiros cuidados ao recém-nascido

Imediatamente após o nascimento, o pediatra avalia com atenção o estado do bebê: se ele não é prematuro; se o líquido amniótico é claro, isto é, sem mecônio; se a respiração é regular, e se os braços e as pernas estão flexionados. Se isto acontecer, o nascimento ocorreu de forma ideal, sem complicações! Nesta situação não existe necessidade de intervenção e o bebê deve ser levado para junto da mãe.
Caso o bebê seja prematuro, ou apresente líquido amniótico meconial, ou não chore, ou mesmo na ausência de flexão dos membros, o pediatra deverá tomar algumas medidas como:
prover calor ao recém-nascido;
possibilitar que o bebê respire com facilidade, mantendo as vias aéreas desobstruídas;
secar todo o corpo com compressas, dando ênfase à cabeça
;
reposicionar a cabeça para avaliar as funções vitais
.
Naquelas situações emergenciais, o pediatra inicia uma sequência de procedimentos cada vez mais complexos, até que o recém-nascido apresente as funções vitais (respiração e frequência cardíaca) de acordo com os padrões esperados. Assim, o objetivo principal do atendimento pediátrico na sala de parto é atuar para que o bebê respire espontaneamente e tenha frequência cardíaca normal.
A avaliação da condição do bebê é feita pelo pediatra ou neonatologista, analisando alguns fatores como respiração, frequência cardíaca e tônus muscular. O teste é chamado de “Apgar” em homenagem à médica Virginia Apgar, criadora do índice.
O teste de Apgar é feito no primeiro e no quinto minuto após o nascimento, para verificar como o bebê está respondendo à vida fora do útero.
Tomados esses primeiros cuidados, inicia-se outra etapa extremamente importante: o contato entre os pais e o filho recém-nascido. A mãe finalmente receberá seu bebê no colo e pode iniciar a amamentação. Esse ato, sem dúvida, vai fortalecer o vínculo entre a mãe e seu filho. O pai também pode participar da amamentação, dando apoio, segurança e carinho à mãe.

domingo, 19 de novembro de 2017

MEU FILHO CAIU! E AGORA??

Quando se fala em quedas na infância pensa-se, na maioria das vezes, em traumas da cabeça. Sempre que acontece um acidente envolvendo trauma da cabeça, os pediatras devem tentar passar para os responsáveis a noção “nem de menos, nem demais”. Isto quer dizer que diante de um acidente desta natureza, deve- se tentar manter a calma, examinar e observar a criança. Os responsáveis já tem a noção de que um trauma na cabeça não é coisa boa. 
Os traumas da cabeça na infância são responsáveis por um grande número de consultas efetuadas nos pronto-socorros. Esta é a melhor opção para que se tranquilizem.

As estruturas ósseas da criança são mais frágeis. Os seios da face, cheios de ar, ajudam a amortecer os traumas. Eles estarão, no entanto, bem desenvolvidos depois dos oito anos de idade. À princípio as crianças devem ser observadas quanto ao local da lesão, desmaios, sonolência exagerada e vômitos que não param. Outros sintomas mais complexos podem ser: dificuldade para falar, para engolir e para lembrar informações. Uma avaliação pelo pediatra sempre vai deixar os responsáveis mais seguros nos primeiros 2 ou 3 dias, que é o período no qual podem surgir problemas e que devem ser observados estes sinais e sintomas. 
A radiografia do crânio limita-se a informação da presença ou não de fraturas. Alguns traumas podem provocar afundamentos visíveis. A partir desta avaliação, as coisas já são mais complicadas e devem ser decididas pelos Especialistas.


A necessidade de realizar uma tomografia computadorizada do crânio deve ser reservada para os casos mais graves. O famoso “galo” é uma lesão superficial e pode ser resolvido apenas com a colocação de gelo no local. 
**O clássico “não deixar dormir”, deve-se limitar a uma observação de que a criança reage a alguns estímulos que se faça. (a criança pode dormir, desde que, de vez em quando, se verifique que ela está se relacionando com o meio). 
Nos casos mais graves pode haver hemorragias que se instalam entre as diversas camadas do crânio. Algumas podem comprimir as estruturas do cérebro e causar sintomas mais importantes.
 A criança que caiu deve ser também avaliada quanto a outras possíveis lesões e fraturas.

sábado, 11 de novembro de 2017

O QUE SÃO PROBIÓTICOS??

São chamados de probióticos os produtos que contém micro-organismos (bactérias ou leveduras) viáveis e em quantidade suficiente para que uma vez ingeridos pelas pessoas, possam exercer efeitos benéficos ao nosso organismo. Ao conjunto de todas as bactérias existentes no nosso intestino chamamos de microbiota. Estas bactérias exercem efeito de proteção, melhorando as nossas defesas e estão presentes no leite materno. Nos últimos anos, os produtos infantis passaram a ter a presença de probióticos pelos seus inegáveis benefícios.


Quais os benefícios dos probióticos?

                 - Diminuem a capacidade de bactérias ruins se fixarem no intestino e provocarem doenças;
               
                 -  Auxiliam na atividade da enzima que faz a digestão do açúcar do leite (a lactase) diminuindo a intolerância à lactose;
               
                  - Melhoram mecanismos de defesa do organismo;
               
                  - Tem efeito anti-inflamatório;
               

                  -  Diminuição das diarreias bacterianas e virais.

sábado, 21 de outubro de 2017

COMO CUIDAR DOS ÓRGÃOS GENITAIS DOS BEBÊS??

Esta é uma tarefa que os pais e cuidadores vão ter de enfrentar nos primeiros dois anos de vida do bebê. Sem dúvida desperta uma grande preocupação os cuidados que devem ser efetuados quando da troca das fraldas, principalmente para os pais de primeira viagem.
                Apesar dos cuidados gerais serem parecidos para meninos e meninas, existem algumas particularidades próprias de cada um. De maneira geral devemos cuidar da higiene com atenção a eventuais alterações e delicadeza. A pele não deve ser esfregada em demasia.
                Quanto às meninas deve-se sempre limpar de frente para trás, evitando-se, assim, a contaminação da vagina com resíduos de fezes. Nas meninas pode ocorrer nos primeiros dias de vida um pequeno sangramento vaginal decorrente dos hormônios do parto (absolutamente normal). 
A separação entre os grandes e pequenos lábios pode eventualmente contaminar-se com fezes. Neste caso utilize um cotonete para retirar o resíduo. Basicamente, usa-se água morna e sabonete neutro com gaze ou algodão. A água pode ser guardada em garrafa térmica, já temperada. Secar por pressão, ou seja, sem esfregar. Podem-se utilizar lenços de papel próprios. (muitas pessoas tem certo preconceito, porém, são muito úteis). Ao final utilizar creme protetor à base de óxido de zinco. Nunca trocar simplesmente a fralda sem fazer a limpeza, pois, o que provoca assaduras são os resíduos de fezes e urina, muitas vezes invisíveis.
                Nos meninos, o procedimento é o mesmo, valendo ressaltar que o pênis deve ser lavado sem sabonete para não provocar o que se chama de uretrite química, ou seja, o sabonete penetra na uretra – o canal por onde sai a urina – provocando ardor ao urinar. A preocupação quanto à presença de fimose, naqueles que não foram submetidos à circuncisão é grande. Não é motivo, no entanto, para tanto. 
Não se deve forçar a abertura precoce, pois, pode haver formação de uma pele menos elástica que vai atrapalhar a redução da fimose no futuro.
 Existem no mercado pomadas específicas para facilitar a redução da fimose com massagens. A Academia Americana de Pediatria orienta para que se aguarde os primeiros anos para se tomar providências. Muitas vezes ocorre a redução quase que espontânea.
                Quanto à higiene, o procedimento é igual ao das meninas.

                As fraldas deverão ser trocadas sempre que se perceba presença de urina ou fezes. Não se deve dar ouvidos às pessoas que dizem que não há necessidade de trocar as fraldas à noite, para “não acostumar” a criança. Em algumas circunstâncias, como nos recém-nascidos ou quando se fez uso de antibióticos ou corticosteroides, pode aparecer uma assadura específica provocada por “sapinho”.  Esta é uma assadura que invade as dobras da pele do bebê e não costuma melhorar com as pomadas comuns, necessitando de avaliação pelo Pediatra.

domingo, 15 de outubro de 2017

O QUE É A HEPATITE B?

    A Hepatite B é uma infecção viral que ocorre no fígado  e que pode se desenvolver na forma doença aguda ou crônica.
É considerada uma ameaça potencial à vida.

" Todas as idades correm risco de contrair o vírus"

Os principais transmissores para um bebê ou criança são:

- mães  - irmãos    -  contatos domiciliares

As crianças infectadas antes dos 6 anos tem maior risco de desenvolvimento de um caso crônico de hepatite B.
                 **80 a 90% das crianças infectadas durante o primeiro ano de vida desenvolvem a forma crônica da doença.

O vírus pode ser contraído através de sangue ou líquidos corporais de uma pessoa infectada. Por exemplo,  por meio de:
- No nascimento, da mãe para o bebê
- Compartilhamento de ítens como escovas de dente (saliva)
- Transfusões de sangue
- Relações sexuais e compartilhamento de agulhas

*** O vírus da Hepatite B é 50 a 100 vezes mais infeccioso que o HIV e pode sobreviver fora do organismo por pelo menos 7 dias.

Quais são os sintomas??

- Amarelamento da pele e  dos olhos (icterícia)
- urina escura
- fadiga extrema
- náusea/vômitos
- febre
- dor abdominal

** Se a doença persistir podem incluir cirrose hepática e câncer de fígado
** Estima-se que quase um terço da população mundial foi infectada em algum momento sude suas vidas

A hepatite pode ser prevenida através da vacinação em quatro doses, sendo a primeira ao nascer.

domingo, 1 de outubro de 2017

ANEMIA! ENTENDA SUAS CAUSAS E COMO EVITÁ-LA!

    A anemia é caracterizada pela queda dos níveis de hemoglobina no sangue da criança. A hemoglobina (substância que dá a cor vermelha ao sangue) é uma molécula que carrega o oxigênio para os tecidos.    Para se detectar a anemia é necessário fazer um exame de sangue (hemograma) e ela é confirmada quando os valores de hemoglobina são menores do que 11 g/dL (< 5 anos).    São vários os tipos e causas de anemia:


Anemia fisiológica

Acontece por volta dos 3 meses de idade quando a criança está substituindo a hemoglobina fetal (aquela que ela possui intra-ùtero) pela hemoglobina normal. Não é necessário tratamento e o bebê recupera sozinho os níveis normais

Anemias hereditárias

São anemias que tem causa genética, passam de pai ou mãe para filho. Podem ser mais ou menos intensas. O teste do pezinho identifica esse tipo de anemia. Neste caso o pediatra avalia se há necessidade de tratamento específico

Anemia ferropriva

É o tipo mais comum de anemia e as crianças menores de 2 anos são as mais atingidas. Este tipo de anemia ocorre por deficiência da ingestão de ferro na alimentação ou perda constante de sangue em pequenas quantidades. O ferro é parte fundamental da estrutura da hemoglobina, sem ele a hemoglobina não consegue carregar o oxigênio com eficiência

 **Por que existe o risco de anemia ferropriva no bebê?    
     Nessa idade, a criança tem um acelerado crescimento e desenvolvimento cerebral e a necessidade de se obter ferro da dieta é, proporcionalmente, muito mais alta do que a de um adulto. O ferro, além de participar da formação da hemoglobina, também é importante para o funcionamento e formação das estruturas cerebrais.    Apesar da necessidade aumentada, por vezes, a criança não consegue ingerir toda a quantidade de ferro que precisaria ou podem existir fatores na dieta que atrapalham a sua absorção.    Alguns fatores alimentares, no entanto, podem contribuir para reduzir o risco de anemia nos bebês:


A dieta materna

A alimentação durante a gravidez já é importante. A ingestão adequada de alimentos fontes de ferro, o acompanhamento pré-natal adequado e a utilização das vitaminas/ferro conforme a recomendação do obstetra ajudam a formar os depósitos de ferro do bebê, o que o ajudará a não desenvolver anemia durante os primeiros meses

O aleitamento materno

O bebê deve mamar exclusivamente no peito até os 6 meses, sem nenhum outro alimento. O leite materno tem a quantidade adequada de ferro que é muito facilmente absorvida. A mãe também deve se alimentar bem nessa fase

Usar um substituto adequado do leite materno

Na impossibilidade do aleitamento materno o adequado é o uso de fórmulas infantis e não de leite de vaca. O leite de vaca tem pouco ferro e não é bem absorvido, além disso, pode levar a pequenos sangramentos intestinais que aumentam as perdas de hemoglobina e com ela o ferro. As fórmulas infantis fornecem quantidades adequadas de ferro para o bebê

Alimentação complementar adequada

A partir do sexto mês de vida deve-se introduzir a alimentação complementar. Ela deve ser rica em alimentos como a carne bovina que possui grandes quantidades de ferro de boa absorção (chamado ferro heme). Usa-se ferro complementar diariamente.

Não oferecer para os bebês:

café, grandes quantidades de chá e refrigerantes. Eles atrapalham a absorção do ferro proveniente da alimentação



    **
Se a criança já está com anemia, além de ajustes na alimentação, pode ser necessária a suplementação de ferro na forma de medicamento.


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

COMO ESTIMULAR OS CUIDADOS DE HIGIENE NA FASE PRÉ - ESCOLAR

Aos 5 anos a criança já manifesta o desejo de cuidar de sua própria higiene. Claro, que ela não vai ficar responsável sozinha por tudo, mas é importante sentir-se responsável por esses “próprios” cuidados.
Nesse momento é importante que cada etapa de cada situação seja compartilhada e explicada:- tomar banho- escovar os dentes- pentear o cabelo- vestir-se- lavar as mãos: antes das refeições, após o uso do banheiro, após brincar.

A escovação de dentes - A criança deve adquirir o hábito de escovar os dentes antes dos 2 anos de idade. Os pais devem deixar as crianças escovarem os dentes primeiro e depois devem repetir a operação, quando as mesmas estiverem na faixa etária de 2 a 7 anos. A posição ideal é ficar atrás da criança, afastar os lábios e bochechas com a mãe e escovar os dentinhos da criança, com movimentos circulares e de varredura (da gengiva para fora do dente). Os movimentos de vai e vem devem ser feitos na superfície de oclusão dos dentinhos.* Atenção a quantidade de pasta que a criança coloca na escova (deve ser mínima) para que a criança não engula com frequência e grande quantidade.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

ARROTOS E GASES NO BEBÊ

Os bebês apresentam uma série de pequenos problemas relacionados ao sistema digestório, mais simplesmente, ”problemas intestinais”, que são as cólicas, o refluxo gastro-esofágico e a constipação intestinal ou intestino preso. Estes são chamados de problemas gastrointestinais menores. Apesar de serem chamados de menores, acarretam um grande gasto por parte de todos os países. São responsáveis por grande número de consultas pediátricas e levam os pais a ter sentimentos de frustração por acharem que não estão cuidando corretamente dos bebês, preocupação, ansiedade ou impotência. Poderíamos incluir nestes problemas “menores”, também a preocupação com os arrotos e gases, principalmente nas primeiras semanas de vida.

Vem então a pergunta mais frequente: 
“Devo fazer o bebê arrotar sempre”? Uma vez que a criança tenha mamado e deglutido muito ar, que seria muito conveniente tentar fazê-la arrotar. 
“Ele é obrigada a arrotar sempre”? A resposta é não. É conveniente sempre após as mamadas, por curto período de tempo, colocar a criança sobre os ombros e dar pequenas batidas nas costas. Com isto, na maioria das vezes o bebê vai arrotar.
 “Se não arrotar, vou ficar horas com o bebê no colo esperando”? Não. Costuma-se orientar para que se deite o bebê de bruços por alguns minutos, dando-se pequenos tapinhas nas costas. Com este movimento, os gases, mais leves que o leite, irão subir e o leite ficará mais em baixo. Ao se elevar novamente o bebê sobre os ombros deverá ocorrer a eructação – este é o nome correto do arroto.
 “E se não ocorrer”? O próximo passo seria colocar o bebê por algum tempo de lado. Caso ocorra a eructação o fluxo sairá mais facilmente. Para facilitar o esvaziamento do estômago, sobre o lado direito: para diminuir a chance de refluxo, sobre o lado esquerdo. O bom posicionamento do bebê ao mamar é importante para evitar a deglutição de ar. Quando com mamadeira, utilizar os bicos que diminuem a deglutição de ar.

Durante muitos anos os gases foram responsabilizados pelas cólicas dos bebês, pelo menos na sabedoria popular. Podemos considerar um padrão normal a eliminação de gases por parte dos bebês. Os gases são produzidos por fermentação dos alimentos, no caso, o leite, em condições normais. Podem ocorrer situações em que a produção excessiva e a distensão da barriga vão chamar a nossa atenção. Isto pode ser um sinal de alerta, por exemplo, para uma intolerância ao açúcar do leite – a lactose. 
Nestes casos há necessidade de consultar o Pediatra. Trabalhos mostram que o uso de remédios para gases é pouco eficiente.


Mesmo estes problemas citados como “menores”, se passarem de determinados limites, que pode - se chamar de “bandeiras vermelhas”, haverá necessidade de uma conversa com o Pediatra.

domingo, 6 de agosto de 2017

DOE VIDROS, DOE VIDA!

A doação de leite materno é muito importante para todos os bebês que precisam de um alimento completo, natural e sem contra indicação alguma. Todas as mamães que possuem leite excedente podem e devem doar para o banco de leite mais próximo da sua casa. 
Mas você sabia que nem apenas com leite podemos colaborar com os bancos e postos de coleta de leite materno?
Poucas pessoas sabem, mas podemos colaborar com doação de frascos de vidro! Sabe aquele vidro de algum produto alimentício que compramos no supermercado e que vem em um vidro com tampa de plástico? Sim, esses frascos são apropriados para o armazenamento do leite materno doado. Vidro não acumula cheiro nem resíduos, é fácil de esterilizar e limpar e também inerte por isso é o material perfeito para guardar o leite materno no freezer antes ou depois da pasteurização feita pelos bancos de leite.
Várias campanhas  são feitas no  Brasil  para isso. Um exemplo é o " Doe vidro doe vida", que   visa fazer com que os vidros do mercado voltem aos hospitais e bancos de leite os quais tem imensa dificuldade em encontrar esse material. Anualmente são necessários mais de 167 mil frascos para suprir a demanda de uso. Ano passado foi feita uma grande doação da ABIVIDROS para os bancos de leite nacionais, cerca de 4700 mil frascos foram doados! Porém quanto mais reaproveitamento desse material nobre em prol da causa melhor! Doações do que poderia ser dispensado são mais do que bem vindas.
Vale lembrar que os recipientes que são reaproveitados para a finalidade de armazenagem de leite materno são:
  • - Vidro de maionese
  • - Vidro de café solúvel
  • - Vidro de doces em pasta
  • - Vidro de geléia

Tão importante quando o leite, os frascos tem um papel muito grande nas campanhas de doação de leite materno como a Doe Frascos de vida, mesmo que não tenham um lactante em casa, você pode incentivar a doação do frasco de vidro.Todos aqueles recipientes que forem com tampa de plástico e boca larga podem ser reaproveitados pelos bancos de leite para armazenagem do leite doado. A campanha Doe Vidros Doe Vida recolhe  por enquanto, os vidros nos estados de São Paulo  e Rio de  Janeiro.
Agora, você morador  de Lucas do  Rio Verde, vai poder colaborar  com o Banco  de Leite de Rondonópolis, levando os frascos até  o  PSF VII, no  Bairro  Jardim  Primaveras.
Doar sempre fará muito bem para quem recebe mas um bem maior para quem faz um gesto de solidariedade, é um sentimento sem igual, colabore!

domingo, 30 de julho de 2017

O SISTEMA DE DEFESA DA CRIANÇA APÓS O PRIMEIRO ANO DE VIDA

Do nascimento até próximo dos 2 anos a criança tem na cavidade bucal sua maior fonte de prazer. Nesse período de grande importância para o desenvolvimento infantil a criança descobre o mundo colocando tudo o que vê na boca. Contudo, junto com o aprendizado, uma grande quantidade de patógenos também é levada para o corpo.
O amadurecimento do sistema imunológico ocorre na infância e é influenciado por diversos fatores como a genética, o meio ambiente e a alimentação. O consumo adequado de vitaminas e minerais específicos para cada fase da criança é fundamental para que esse processo ocorra adequadamente.
O consumo adequado de imunonutrientes fortalece o sistema imunológico
Os nutrientes mais importantes para a adequada formação e manutenção do sistema imunológico são as vitaminas A, C e E, além dos minerais selênio, ferro e zinco.
A vitamina A atua na imunidade contra os corpos estranhos e pode auxiliar a controlar a infecção por bactérias, enquanto a vitamina E otimiza a resposta imune e reduz a ação dos radicais livres na membrana das células de defesa.
A vitamina C participa do processo de ativação e sobrevivência das células do sistema imune. Diferentemente do conhecimento popular, essa vitamina atua no fortalecimento do sistema imunológico, porém não há nenhuma evidência científica consistente que justifique o consumo de vitamina C para a cura de gripes e resfriados.
O selênio é um mineral que aumenta a resistência do sistema imunológico. Dentre suas diversas funções, aumenta a proliferação das células de defesa, melhora a capacidade do organismo de neutralizar os vírus e bactérias e tem ação antioxidante.
O zinco é essencial para o funcionamento de algumas enzimas que aceleram o sistema imune e o ferro atua na proteção contra microrganismos por meio da resposta adaptativa e inata.
Importância do aleitamento materno e dos alimentos fortificados
Já é consenso que o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida e a manutenção da amamentação de forma complementar até os dois anos de idade ou mais é de extrema importância para a saúde da criança, conforme as recomendações da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria.
O prolongamento do aleitamento materno traz benefício adicional no final do primeiro e segundo anos de vida, uma vez que há contínua oferta de imunonutrientes e prebióticos, nutrientes que estimulam a microbiota intestinal e, por consequência, melhoram a imunidade.
Comumente, crianças desmamadas começam a consumir leite de vaca in natura a partir do primeiro ano de vida completo, quando o organismo já está preparado para receber esse alimento. Contudo, apesar de rico em cálcio, o leite de vaca in natura contém baixo teor de ferro e outros imunonutrientes.
Tem sido bastante discutido na literatura científica a relação entre o consumo de leite de vaca in natura em crianças menores de 5 anos e a alta prevalência de anemia por falta de ferro (anemia ferropriva). Alguns autores tem recomendado o consumo de leite modificado enriquecido com ferro para reduzir as chances de desenvolver essa doença tão comum na infância. Em crianças, a anemia ferropriva pode afetar o crescimento, a aprendizagem e aumentar a predisposição a infecções.
Para crianças que não são amamentadas e com idade superior a 1 ano, postergar o consumo de leite de vaca in natura e introduzir leite modificado e fortificado com imunonutrientes também é uma boa alternativa para facilitar o amadurecimento do sistema imune da criança.


segunda-feira, 24 de julho de 2017

ANOREXIA E BULIMIA

 A anorexia e a bulimia são distúrbios alimentares dos quais o número de casos vem aumentando especialmente em adolescentes do sexo feminino e com boa condição socioeconômica e cultural.
Anorexia: é uma doença em que a garota se enxerga muito acima do peso e a ingestão alimentar reduz drasticamente.
A recusa é voluntária e na fase inicial da doença, não ocorre uma perda real do apetite. Mais tarde o organismo pode acostumar-se com a pouca alimentação e a pessoa pode chegar até a inanição.
O anoréxico pode morrer em estado de desnutrição. Desidratados, os pacientes sofrem perda de eletrólitos, principalmente potássio, fundamental para o funcionamento muscular e cardíaco.
Bulimia: é quando existe uma compulsão alimentar em que se come acima do que deveria e, em seguida, uma forma forçada de eliminar o que foi consumido através do vômito, laxantes, diuréticos e outros medicamentos.
Normalmente a pessoa bulímica come sozinha e escondida, não se importando com o sabor da comida ou sua combinação. Após o episódio compulsivo, sente-se culpada e com certo mal estar físico em razão da quantidade excessiva de alimentos ingeridos, ocorrendo-lhe a ideia de induzir o vômito para não engordar. Este comportamento lhe traz satisfação e alívio momentâneos e assim ela pensa em ter descoberto a forma ideal de manter o peso sem restringir os alimentos que considera proibidos.
O bulímico pode morrer devido aos métodos purgativos há pacientes que chegam a vomitar 15 ou 20 vezes por dia que estimulam a desidratação e perda de eletrólitos.

Quais são os sintomas?

- Baixo peso
- Interrupção da menstruação
- IMC abaixo de 15 em crianças e adolescentes
- abuso de prática de exercícios físicos
- prisão de ventre e depressão.

Quais são as causas que motivam a anorexia e a bulimia?

- Genética: se a mãe já passou por algum transtorno alimentar, é comum que a filha possa ter.
- Cultural: influência do ideal de beleza de modelos magras que é divulgado pela mídia.
- Hormonal: é comum que na adolescência que as garotas não se aceitem como são. Então, para ser bem aceita na escola, entre amigos e o namorado, acaba "aderindo" ao transtorno, na tentativa de emagrecer.
- Elementos psicológicos: pode acontecer quando a garota passa por problemas pessoais, como separação dos pais, bullying e abuso sexual.

Como interferir?

O tratamento se dá com ou sem internação e utiliza de equipe multiprofissional com intervenções medicamentosas, psicológicas e nutricionais.
Ambas são doenças crônicas, de difícil controle. É necessário o acompanhamento a longo prazo, e as recaídas são frequentes.
O diagnóstico e o tratamento precoce podem fazer toda a diferença entre o fracasso e o sucesso terapêutico.

domingo, 23 de julho de 2017

DENTES DE LEITE MERECEM TODO CUIDADO!!

Existe e é comum a concepção que os dentes de leite, por serem temporários, não precisam de cuidados e tratamento. Eles são realmente temporários, porém nem por isso devem ser descuidados.
Os dentes de leite são 20 ao todo. Primeiramente os dentes anteriores começam a nascer dos 6 aos 12 meses e entre os 18 aos 36 meses nascem os posteriores e os caninos. São dentes importantes porque permite a estética, a correta mastigação, deglutição e ajudam na fala também. Além disso, funcionam como guia para a erupção dos permanentes, mantendo a posição e o espaço adequado e a perda prematura pode ocasionar sérios problemas ortodônticos.
São dentes que possuem a mesma estrutura dos dentes permanentes, ou seja, possuem esmalte, dentina, raiz e canal. Como na troca pelos permanentes há a reabsorção da raiz, muitos pais acham o dente não dói e conseqüentemente não há necessidade de tratamento.
É justamente o oposto, os dentes de leite são suscetíveis a cárie, essa sendo profunda, ocasiona dor e pode ser até necessário o tratamento de canal, para assim preservar o dente e suas funções.
Um problema muito comum é a cárie de mamadeira. Ela ocorre quando há um excesso de açúcar na alimentação ou mesmo quando a criança dorme logo após mamar, sem fazer a higiene bucal.
Para prevenir a criança nunca deve dormir sem fazer a higiene oral. É difícil, mas necessário, já que durante o sono o fluxo salivar diminui e conseqüentemente aumenta o risco do desenvolvimento da cárie.
As crianças também precisam de flúor para um desenvolvimento dental saudável e muitas cidades já adicionam flúor na água

Se a criança necessitar de uma complementação, o pediatra ou o dentista podem orientar a melhor forma de introduzi-lo.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

NÃO É HORA DE BATON! É HORA DE BRINCAR!!

A infância é um período fundamental para o desenvolvimento de um indivíduo, porque é a fase em que ele desperta seus sentidos, suas capacidades, sua imaginação e também seus processos cognitivos.

Entretanto, o que se percebe, hoje em dia, é que esse período está sendo cada vez mais acelerado. 
As crianças acabam pulando partes importantes dessa fase da vida e dão espaço a uma mentalidade adulta, que começa, muitas vezes, com o uso de roupas nada infantis, sapatos de salto alto, cosméticos e também acessórios, ações que podem parecer normais.

"A criança precisa de um tempo para brincar, criar, usar a imaginação. Quando ela se sente pressionada a agir e a se comportar como gente grande, os adultos estão, de alguma forma, acabando com essa infância mais cedo", alertou a psicoterapeuta familiar Olga Inês Tessari.

Ela ainda advertiu que, "com essas cobranças todas, [do tipo] 'meu filho precisa crescer logo, porque ele precisa entrar no mercado de trabalho, estudar e se aprimorar', os pais acabam se esquecendo da parte mais importante do desenvolvimento da criança, que é [...] permitir que essa criança brinque, interaja e se suje".

CRIANÇAS COM CABEÇA (E CORPO) DE ADULTO?
Mas não é apenas a falta do brincar que prejudica o desenvolvimento das crianças. A exposição dos pequenos a conteúdos inapropriados para sua faixa etária pode criar o que é chamado de erotização infantil. Parece óbvio dizer isso, nós sabemos, mas crianças não são adultos. Não ainda. Por isso, os pais devem ficar atentos com o que os filhos estão ouvindo e assistindo frequentemente.

De acordo com a pedagoga Suelí Periotto, doutoranda em Educação pela PUC-SP, "não convém que nossas crianças e jovens fiquem expostos a algumas programações que apelam mesmo, envolvem-se em uma erotização precoce. A questão midiática e das redes sociais é muito forte, por isso, todo o nosso cuidado é sempre pouco".

A supervisora da Pedagogia do Afeto e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, criadas pelo educador Paiva Netto, ressalta ainda que a atenção precisa ser sempre redobrada, visto que pode acontecer de esse comportamento ser incentivado dentro de casa. Ela exemplifica que, "quando damos aos nossos filhos ou nossas filhas uma roupa que não é compatível com a sua idade ou transformamos nossos pequenos em miniaturas de adultos, e eles começam a comportar-se também de maneira inadequada.
É claro que é um desafio direcionarmos nossos meninos e meninas, sempre com equilíbrio diante de tantas situações, mas [...], se temos na nossa responsabilidade crianças e jovens, é porque [...] fomos julgados competentes para direcioná-los".

ALTERNATIVA DE QUALIDADE PARA AS CRIANÇAS
Quer que seus filhos, sobrinhos e netos cresçam aprendendo conteúdos que farão bem para o seu desenvolvimento pleno... Volte ao tempo de brincadeiras saudáveis e de uma infância feliz.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

SEPARAÇÃO DOS PAIS! COMO FALAR OU LIDAR??

Até pouco tempo, as crianças apresentavam os medos comuns da infância: medo do escuro, de barulho, de certos animais... 
Hoje, devido ao enorme números de separações, o medo da maioria das crianças está diante do dia em que os pais irão se separar. Parece que existe um script: As pessoas se casam, têm filhos e se separam.
As crianças sabem de tudo o que acontece em casa. Por isso, sou partidário de uma conversa franca em que as fantasias das crianças possam ser esclarecidas e os seus medos possam ser atenuados. Se a sua criança já percebeu que os pais vão se separar, não negue a sua percepção e nem minta para ela.
Explique para o seu filho que vocês andam discutindo muito e que será melhor para todos se mamãe e papai morarem em casas diferentes. Garanta a sua criança que  ela não é a responsável pelas suas discussões. Os filhos se sentem muito culpados pela separação dos pais. 
Tenha o cuidado de lhe dizer que vocês se separarão, mas que continuarão sendo pais dela a vida inteira. Recomendo que esse “papo”seja feito com casal e filhos, assim todas as perguntas e respostas poderão ser feitas às claras.
O que prejudica a criança não é a separação em si, mas a forma como esse casal vive e ou se separa. As conversas devem ser olho no olho e com todos os envolvidos presentes, pois sei que certos casais vivem e se separam como cães e gatos, praticando o CRIME de ALIENAÇÃO PARENTAL.
O maior cuidado que se deve tomar, é o de não destruir a imagem do pai ou da mãe. Ninguém se separa sem dor. A família toda sofre esse luto e é preciso encarar a dor com coragem. Dizer aos filhos que o casal não está conseguindo se entender e ser feliz. Portanto, fazer uma separação amigável é fundamental.
A criança precisa entender que ela não perdeu os pais, e a família precisa entender que foi apenas o casal que se separou e que ela terá sempre os seus pais por perto. Que bom seria se o casal tivesse um mínimo de maturidade, bom-senso e amor pelos filhos, a ponto de serem amigos, discutirem a educação dos filhos e estarem juntos nos momentos importantes.

Dicas essenciais:

-          Não destrua a imagem de ninguém que a criança gosta. Deixe que ela tire as suas próprias conclusões, quando crescer.
-          Não se aconselhe com o seu filho. Ele não tem maturidade para isso.
-          Não o envolva em seus problemas.
-          Não peça que ele minta para o pai ou a mãe.
-          Não o faça de espião nos ambientes que ele frequenta e nem de garoto de recados.
-          Não o use como moeda de troca.
-          Facilite os encontros, promova situações em que toda a família possa se encontrar.
-          Guarde as suas mágoas para si. Aprenda a perdoar.
-          Todos os relacionamentos oscilam: É preciso saber ceder, ter flexibilidade, paciência, respeito.
-          Não queira controlar e nem manipular os encontros da criança com o pai, ou a mãe. Deixe que cada um tenha a sua própria rotina com o filho.


Lembre-se: 
               
A saúde de uma criança é medida pela qualidade dos vínculos afetivos com os seus pais.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

11 RAZÕES PARA INVESTIR NA EDUCAÇÃO MUSICAL DOS FILHOS DESDE CEDO

Se foi o tempo em que brincar com música era considerada apenas uma forma de se divertir e se sentir bem. Com estudos e pesquisas comprovadas pela Neurociência (conjunto de ciências que estudam como aprendemos e nos desenvolvemos), atualmente temos conhecimento que estudar música desde pequeno pode fazer muita diferença no desenvolvimento integral da criança a longo prazo. Vejam 11 razões para famílias investirem na educação musical de seus filhos o mais rápido possível:

1 - A música ajuda no desenvolvimento neurológico da criança            

Os estudos afirmaram que estudar música melhora as funções executivas do cérebro, responsáveis por habilidades como memória, controle da atenção, organização e planejamento do futuro. Isso acontece porque praticar música, como tocar um instrumento musical, exige foco e disciplina, além de utilizar a coordenação das mãos, senso rítmico, estimulo visual e auditivo.

2 - O aprendizado musical modifica fisicamente o cérebro, principalmente na primeira infância (0 a 6 anos) e os ganhos se mantém por toda a vida

Com os estudos avançados da Neurociência, hoje temos informações seguras que o período entre 0 e 6 anos é de extrema importância para o desenvolvimento infantil. É a fase de estruturação do Sistema Nervoso, onde comportamentos são aprendidos e consolidados. Em uma entrevista à Revista Pais e Filhos, a neurocientista Elvira Souza Lima explica: Uma criança que começa antes dos 7 anos a estudar música tem maiores possibilidades de os lados esquerdo e direito do cérebro se comunicarem melhor, desenvolvendo a atividade do pensamento”. 

3 - Todos podem desenvolver a inteligência musical

Howard Gardner, professor da Faculdade de Harvard, afirma que todo individuo nasce com um vasto potencial de inteligências, mas que estas só vão aflorar, se forem estimuladas e praticadas. Todos podem desenvolver a inteligência musical se praticarem.

4 - As experiências musicais na infância ajudam a controlar melhor o corpo e a desenvolver a expressividade e a coordenação rítmica

Desde uma brincadeira de roda, ou tocar um instrumento musical, nas aulas de música, o cérebro é desafiado a utilizar diversas coordenações ao mesmo tempo (cantar/dançar, cantar/tocar/dançar, dançar/tocar, etc.). A neurocientista Viviane Louro afirma em seu livro “Fundamentos da aprendizagem musical” que a música requisita funções perceptivas, cognitivas e executivas e mais o aparato psicoemocional exigido pela arte, auxiliando do desenvolvimento das estruturas cerebrais, o que automaticamente educa os movimentos do corpo.

5 - A música é uma linguagem naturalmente atraente para a criança

Estudos mostram que quando o bebê nasce ele já foi estimulado através dos sons (dentro da barriga da mãe) e das pessoas que cuidam dele (depois do nascimento), que geralmente brincam com ele utilizando a música.  As aulas de musicalização infantil unem duas ferramentas muito significativas para a criança: canções e brincadeiras; ou seja, através de histórias sonorizadas, brincadeiras de roda, brincadeiras de mãos, tocando ou construindo instrumentos musicais, etc, a criança interage em um ambiente de sensibilização, reflexão e prática musical e vai desenvolvendo habilidades que irão auxiliá-la em seu desenvolvimento integral, como desinibição, maior expressividade, desenvolvimento psicomotor mais consolidado, maior criatividade, etc,

6 - Os estilos musicais que escutamos durante nossa vida, tendo experiências positivas, fazem toda a diferença no nosso gosto musical na fase adulta

 A Neurocientista Suzana Herculano-Houzel afirmou em uma entrevista que o repertório musical de escuta de uma pessoa é desenvolvido ao longo de sua vida de acordo com o meio social que está inserida e pelas experiências significativas que teve com certos estilos musicais.

7 - A música é interdisciplinar

A música é uma linguagem matemática, mas ao mesmo tempo afetiva sempre inserida em um contexto social. Através dela podemos aprender qualquer conteúdo, por isso é tão utilizada em diversas rotinas nas escolas de Educação Infantil, além de ser utilizada também para trabalhar tabuada, inglês, etc.

8 - Praticar música ensina a importância da disciplina.

Para tocar bem um instrumento musical, é necessário disciplina. É necessário se organizar para praticar e melhorar suas habilidades no instrumento. A criança de um modo geral deseja resultados imediatos e, ensiná-las a persistir, a não desistir quando surgem os desafios de tocar o repertório musical, são treinos importantes para o ser humano e para sua educação global.  

9 - A música melhora a autoestima e o autoconhecimento da criança

Caso a criança aprenda a tocar um instrumento musical, ela aprenderá desde cedo à importância da prática, do foco, da perseverança e da disciplina para melhorar, além de enfrentar o medo de errar e lidar com a dificuldade. Quando a criança mostra o repertório musical que está aprendendo, sua autoestima aumenta e isso contribuirá para que ela tenha mais confiança para persistir perante outros desafios que terá em sua vida (pois associa a conquista deste, ao sucesso dos demais desafios que virão).

10 - A música desenvolve o vinculo afetivo entre aqueles que juntos a praticam

A música na infância sempre vem acompanhada de momentos afetivos, sejam brincadeiras cantadas envolvendo mãos, toque, roda, tocar e cantar juntos, ou seja, atividades que fazem com que as pessoas interajam entre si de uma maneira divertida. As atividades coletivas musicais entre a família, por exemplo, nos deixam memórias positivas e marcantes, por isso devem ser estimuladas e praticadas.

11 - A música traz benefícios a longo prazo

A música pode fortalecer áreas cerebrais importantes nos primeiros anos de vida, quando a neuroplasticidade (capacidade do cérebro de modificar sua estrutura e função através de experiências anteriores) é maior, mas é preciso salientar que a plasticidade continua na fase adulta. Nunca é tarde para praticar música. Ou seja, desenvolvendo essa nova habilidade, programaremos nosso cérebro para envelhecer em melhores condições.
Não é a toa que hoje existe a Lei 11.769, que obriga todas as escolas ofereceram aula de música para as crianças. Os benefícios são gigantescos. Seus filhos merecem crescer em um ambiente onde a música seja valorizada. Além de diversas memórias positivas que ele terá, todo seu desenvolvimento será beneficiado. Dessa forma, nossos filhos poderão usar seu tempo com mais qualidade e utilizarão a música como amiga e companheira, nos momentos difíceis e alegres da vida.


terça-feira, 4 de julho de 2017

A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS - DICAS PRÁTICAS

Contar histórias é sem dúvida uma das formas de comunicação mais antigas que existem. Apesar do avanço das tecnologias, contar histórias continua sendo uma das formas mais eficientes de promover à aprendizagem, a reflexão, a descoberta e também de conectar as pessoas.
Especialistas garantem que essa arte pode se iniciar durante a gestação, pois além de acalmar a gestante, o feto já é capaz de ouvir e perceber pela audição (que já está apta a partir do quinto mês de vida intra uterina) a entonação da mãe, a cadência das palavras e o ritmo que ela fala. Através dos sons das palavras, circuitos neurais são construídos. Hoje sabemos que a aprendizagem começa antes mesmo de nascermos.
Cada faixa etária necessita de estratégias para captar a atenção e motivar a criança em participar da história. 

Seguem algumas dicas:

A história exige concentração, portanto procure um lugar acolhedor e silencioso para que a criança possa estar voltada ao que você for apresentar. Desligue o celular e dedique este tempo exclusivo para seu filho. Observe também os melhores horários para contar história para seu filho. Depois do jantar, no final da tarde, na hora de dormir...teste e observe quais os momentos melhores para a contação de histórias.
Com bebês até 8 meses, utilize livros resistentes, livros de banho e procure criar um texto de acordo com as figuras que aparecem no livro. Ex: Olhe o gatinho. Ele está na caixa. Vamos fazer carinho no gatinho? O gatinho faz: MIAU. Cante canções dos personagens que aparecem também. Ex: Borboletinha está na cozinha (canção folclórica) quando aparecer uma borboletinha

A partir dos 8 meses, a criança provavelmente já senta sem apoio, já está refinando sua coordenação e ,suas emoções também estão mais evidentes. Livros com texturas são muito interessantes nesta idade, porém os textos devem ser bem curtinhos, com objetos e fatos que pertençam ao cotidiano da criança. Animais estão entre os temas prediletos. Retrate o ambiente sonoro da cena. Você pode imitar os sons dos personagens, cantar uma música que represente a cena, representar cada personagem através de um instrumento musical, enfim, use sua criatividade! De forma gradual, através destas atividades, serão estabelecidas as conexões cerebrais que relacionam as palavras com o objeto, desenvolvendo a imaginação, memória, além de introduzi-lo no convívio social. A criança nesta fase, ainda não entende a muito bem a estrutura de seqüência. Procure dar ênfase na leitura das imagens, porém contando a história de forma sucinta com começo, meio e fim.

A partir dos 2 anos, as histórias continuam curtas, porém podemos dar mais ênfase a seqüencia dos fatos, pois nesta faixa etária, as crianças começam a demonstrar mais concentração. Utilize figuras grandes com textos pequenos e traga histórias que trabalhem situações que a criança possa estar vivenciando (o desfralde, por exemplo). Converse com ele durante a história e pergunte o que ele acha que vai acontecer. Faça algumas pausas. Capriche na expressão facial. Criança adora surpresa e suspense. 

A partir dos 3 anos e até um pouco antes disso, a criança já apresenta o interesse pelas brincadeiras de faz-de–conta e demonstra a capacidade de representar coisas ou situações não presentes. A criança naturalmente começa a imitar ações rotineiras, depois ações de pessoas próximas, e através destas brincadeiras, os pequenos expõem seus sentimentos, frustrações e vontades. É interessante notar como a evolução das histórias, da brincadeira e da linguagem caminham juntas. Uma auxilia no desenvolvimento da outra.

As famílias podem trazer bonecos, objetos, elementos diversos para dramatizar histórias como a “Linda Rosa Juvenil”, por exemplo. Depois, a criança pode dramatizar com os fantoches para os adultos. Dramatizando, a criança se expressa com a linguagem verbal, gestual e facial, tornando a atividade mais complexa e desafiadora, além de iniciar a aprendizagem de normas sociais, pois é necessário esperar sua vez para interagir conforme a história vai acontecendo. Enfim, existem muitas possibilidades para estimular o desenvolvimento de seu filho de uma forma divertida. É necessário, porém, disposição, muita pesquisa, paciência e organização para o preparo das atividades.

A partir desta fase, é importante também que o adulto compartilhe com a criança, fatos que vivenciou compartilhar experiências e deixar que a criança também conte suas próprias histórias. Ouvir ativamente, respeitando o tempo do outro, cria laços afetivos profundos. Nossa história também é uma narrativa e é muito importante este dialogo entre pais e filhos. Relate suas experiências com o objetivo de estabelecer vínculos pessoais. Conte-a com afeto e coloque seu coração nela. Conte uma história em vez de apenas descrever fatos. Dessa forma, você poderá transmitir seu ponto de vista de uma forma muito mais impactante para a criança.

Conforme a criança for crescendo procure incentivá-la a contar e ler histórias pra você e diversifique os temas dos livros, deixe que ela escolha também (de acordo com sua orientação) para que ela possa ampliar seu vocabulário e no futuro tenha maior compreensão para o entendimento nas diversas áreas de conhecimento. Ensine-a também a cuidar do livro e tratá-lo com respeito.
Outros recursos importantes: 
  Quanto menor é a criança, mais importantes são os recursos visuais, sejam fantoches, dedoches, bichinhos de pelúcia, etc. A criança bem pequena, ainda está construindo seu repertório de imagens. Por serem concretos, estes objetos promovem uma maior interação da criança com a história proposta.
  Caixas surpresas com os objetos que aparecem na história são muito interessantes e criam momentos de suspense e mais emoção à história, contribuindo também para que a criança memorize a seqüência dos fatos da narrativa.
  Conte histórias que você goste que te faça se sentir confortável e entusiasmado. Escolha narrativas na qual você se identifique de alguma forma.
  Não se esqueça da expressão gestual. Já dizia o famoso historiador e antropólogo Luis da Câmara Cascudo: “Com as mãos amarradas não há criatura vivente para contar uma história”.
  Seja expressivo tanto nos gestos, quanto na sua expressão vocal ao contar histórias para as crianças. Tente imaginar a situação, como é a vida e o sentimento deste personagem e dramatize, para que a criança se envolva, possa entender e a narrativa faça ainda mais sentido.
Os benefícios para a criança que tem o privilégio de ter pais contadores de histórias são muitos. Momentos de afetividade, desenvolvimento na inteligência emocional e cognitiva da criança, ampliação de vocabulário e imaginação, etc. Histórias ficam na memória e quando mexem com nossa emoção (seja positiva ou negativa), jamais são esquecidas.
Que tal transformar a partir de hoje o momento da história, em uma rotina na sua família?

Assim, seu filho associará o prazer da sua companhia ao prazer de ler e ouvir histórias e certamente
aumentará seu interesse pelos livros e pela leitura também, o que é maravilhoso, pois quanto mais lemos, mais recebemos conhecimento. Certamente, fortes laços familiares serão criados e fortalecidos em meio a um ambiente de afeto, deixando memórias positivas e preciosas entre vocês. O universo é feito de histórias. Conte uma boa história!!!

quinta-feira, 29 de junho de 2017

MEU FILHO ESTÁ COM PIOLHO! E AGORA??

 
A infestação por piolhos não é acompanhada de complicações sérias para a criança.

No entanto, há um alto grau de ansiedade entre os pais e responsáveis por escolas e creches. Piolhos na cabeça ou Pediculose têm sido companheiros do homem desde a antiguidade. Há algumas décadas, tínhamos problemas com resistência aos produtos disponíveis para uso. Porém, as maneiras de remover estes incômodos visitantes têm melhorado.

Em nosso meio é comum a infestação em pré-escolares e escolares (entre 2 e 12 anos). Antes da chegada dos modernos inseticidas, usava- se produtos derivados do petróleo e tratamentos com ervas. Houve progressos com a chegada do DDT, mas, caiu em desuso devido à grande contaminação do meio ambiente e perigo de intoxicações.
 Apareceram, então, agentes como a permetrina, deltametrina, o benzoato de benzila e o monossulfiram que se tornaram os medicamentos de uso atual. Mais recentemente também passou a ser utilizada a ivermectina – único dos medicamentos de uso oral. Seu uso não é autorizado, no entanto, em crianças com menos de 15 Kg. 

Uma fêmea de piolho põe dez ovos por dia durante sua vida de três a quatro semanas. Esses ovos se fixam firmemente ao pêlo e duram oito a nove dias para saírem do ovo e vão  atingir o estágio adulto em oito a nove dias. Estes dados são muito importantes para se calcular quando deve ser repetido o tratamento.

Numa infestação inicial a coceira demora algumas semanas para aparecer. Desta forma a infestação se espalha mais facilmente porque não chama a atenção dos pais. É muito difícil fazer a prevenção. As crianças fazem muito frequentemente o contato cabeça-a-cabeça, o que ajuda na disseminação.


O tratamento inicial deve ser feito com produto à base de permetrina diluído conforme orientação da Academia Americana de Pediatria. Este produto é considerado o menos tóxico dos disponíveis no mercado. As instruções de uso devem ser atentamente lidas pelo usuário. 
Existem cuidados especiais de como aplicar e são diferentes para cada um destes produtos. O tempo de permanência do medicamento em contato com a pele também deve ser observado atentamente. Pode ser usado mais de uma vez desde que se constate a presença de insetos vivos. Deve-se fazer novo tratamento após nove dias de terminado o tratamento devido ao ciclo de vida do inseto. O retorno às aulas deve ser avaliado com cuidado. A coceira pode permanecer por períodos de 2 semanas após a eliminação dos insetos por questões de sensibilização.
Uma dica boa para soltar as "lêndeas"  que ficam presa ao pêlo é usar vinagre diluído com  água.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

COMO ENSINAR NOÇÕES DE SEGURANÇA PARA UMA CRIANÇA ??

 
O sonho de qualquer pai é que o filho viva com segurança. A preocupação é justificada quando observamos os dados sobre a infância no Brasil. Segundo a ONG Criança Segura, os acidentes domésticos são a principal causa de morte de crianças entre 1 e 14 anos. Já as estatísticas da Associação Brasileira de Busca e Defesa a Crianças Desaparecidas mostram que são mais de 50 mil crianças e adolescentes desaparecidos no Brasil,sendo muitos deles sequestrados.
Mesmo sendo pequenas, as crianças conseguem assimilar algumas noções de segurança quando ensinadas da maneira correta e em uma linguagem compreensível para a idade delas. 
Conversamos com especialistas para descobrir as melhores dicas.
1. A responsabilidade é sua!
Um alerta importante: ensinar essas noções ao filho não tira a sua responsabilidade como pai de mantê-lo seguro. Ao saber onde estão os perigos, ele poderá de fato ser mais cuidadoso, mas isso não é uma garantia contra os acidentes.
2. Como falar com a criança ?
A melhor maneira de ensinar noções de segurança a uma criança pequena é usar exemplos que tenham coerência com o dia a dia dela. Ao explicar, por exemplo, que ela não deve aceitar balas de um desconhecido, diga que ela poderá ter uma dor de barriga horrível. A ideia é informar, e não amedrontar a criança.
Foi essa a maneira escolhida pela escritora Aline Angeli, autora de O Livro das Emergências - O Que Toda Criança Esperta Precisa Saber Sobre Segurança. "A maioria das crianças compreende a noção de que o perigo se esconde em algumas situações, e acredito que vale a pena, sim, apresentar conceitos como o de acidentes caseiros e problemas com estranhos para elas o quanto antes. É preciso treinar com os pequenos o desfecho para situações de emergência, como saber o número do telefone de casa caso se percam na rua", diz Aline.
As explicações devem ser dadas por inteiro ("Se você cair da janela, vai se machucar, terá dodóis e não poderá mais ficar com o papai e a mamãe"). Do contrário, corre-se o risco de a criança ficar curiosa sobre o desfecho e fazer o que não pode só para saber o que acontece. E dê um tempo para ela absorver a explicação. Como tudo o que se relaciona à educação infantil, o segredo é a repetição. Quando algo ocorrer, não grite, não berre. Converse. A criança tem de sentir que há uma parceria entre vocês. "Se ficar com medo e perder a confiança nos pais, ela nunca mais vai contar o que fez. Tem de haver uma cumplicidade para que os filhos falem sobre o que aconteceu", explica Glauce Assunção, psicóloga e neuropsicóloga do Hospital São Camilo/Santana, em São Paulo. Equilibre a bronca para manter o canal de comunicação aberto.
3. Como lidar com pessoas estranhas?
Mesmo crianças que costumam "estranhar" quem não conhecem vão seguir um desconhecido se ele oferecer um brinquedo ou um doce. Crianças tendem a achar que adultos são sinônimos de segurança. Os pais precisam explicar, de forma equilibrada, que nem todo mundo é legal, que algumas pessoas são "bobas", podem bater, deixar a criança sem comida e por aí vai. Procure ser o mais claro possível. Não fale em bicho-papão e homem-do-saco.
Diga que se trata de um homem ou mulher ruins que podem levá-la para longe da mamãe. E, mesmo em situações nas quais é a mãe de um amiguinho ou uma tia que convida para sair, é necessário que ele avise a mamãe ou o papai. Não é necessário incutir medo na criança, mas ela deve saber que não é bom sair sem avisar os pais.
Na lista das explicações a respeito do contato com pessoas estranhas, entra também um alerta sobre ser tocado por elas. O assunto é bem delicado, mas necessário. Vale mostrar que um carinho na cabeça é aceitável, mas que, no restante do corpo, é melhor que apenas papai e mamãe tenham acesso. Fale isso de forma tranquila, do mesmo modo que explica sobre o perigo de dedos na tomada. Crianças pequenas não têm malícia e vão encarar a explicação de forma mais prática do que você imagina.
Oriente seu filho para gritar bem alto se um estranho tentar levá-lo à força. A melhor frase para usar é "Esse não é o meu pai, socorro!". Ele deve fazer isso mesmo que o tal adulto peça para que fique quietinho. É importante que os pais sempre tenham a confiança da criança para ensinar que, se alguém ameaçá-la dizendo “não conte isso para os seus pais”, ela faça exatamente o contrário e nunca guarde segredos.
4. O que fazer quando se perder ?
Perder uma criança em locais públicos é muito mais comum do que se imagina. Não adianta ficar ameaçando o pequeno a nunca mais sair de casa caso não pare quieto. O melhor é prevenir. A partir de 3 anos de idade, dependendo do desenvolvimento de seu filho, ele já conseguirá decorar o número do telefone de casa. Treine bastante. Ele vai adorar e se sentir importante. Antes disso, crianças devem sair sempre com um cartãozinho com o nome e telefone dos pais. Mostre que o cartão estará no bolso da roupa e, caso ela se perca, deve mostrá-lo a alguém.
Mas quem? Sempre oriente seu filho a procurar: a mãe ou pai de outra criança, um guarda/policial/segurança (é fácil para ela identificar o uniforme) ou alguém que trabalhe dentro de uma loja ou restaurante – de preferência no caixa. Diga que essas pessoas poderão ajudá-la a encontrar você novamente. Também é importante pedir que ela não saia da área onde se perdeu, pois você estará procurando por ali.
Outra dica bacana, dependendo da capacidade de entendimento da criança, é combinar um local ao qual ela deve ir caso se perca. Pode ser sua loja de fast-food preferida ou aquela doceria onde existe um sorvete delicioso – são informações visuais que a criança é capaz de guardar por associação.
Na rua, vale ressaltar o perigo dos carros e orientar para que fique na calçada. Ou, melhor ainda, que entre em um local como uma loja, padaria, prédio, onde ficará mais segura e poderá pedir auxílio. Já na praia, o melhor é explicar o perigo de tentar entrar na água caso se veja sozinha. Fale que, apesar de bonito, o mar pode ser bem chato com as crianças, pois pode tentar arrastá-las para o fundo e fazer muitos dodóis. Avise que isso acontece também com quem sabe nadar. Por isso, ele deve ficar na areia, perto do lugar onde viu os pais pela última vez. E deve procurar ajuda com outras famílias que estiverem por perto. Ou, se a praia tiver pontos de salva-vidas e informações, geralmente sinalizados com bandeiras bem vistosas, ensine-a a ir até lá.
Finalize as explicações mostrando que o melhor mesmo é ficar sempre ao lado dos pais para nada disso acontecer e estragar o passeio. E, caso a criança se perca, quando achá-la, segure a ansiedade, dê bronca, mas não grite. Respire, mostre o quanto ficou preocupado e, caso ela tenha seguido algumas das suas orientações, elogie o seu desempenho. Mas deixe claro que aquilo foi ruim e não deve acontecer novamente.
5. Cuidados que elas devem ter na rua
Perder-se na multidão enquanto anda na rua não é o único problema que pode ocorrer com crianças. Infelizmente, os atropelamentos são a segunda causa de morte infantil no Brasil, segundo a ONG Criança Segura. A explicação é simples: até os 10 anos, o pequeno não tem noção de tempo nem de espaço e não desenvolveu a visão periférica. Fica confuso. Quando vê um carro e um caminhão vindo em sua direção, por exemplo, sempre achará que o último, em razão do tamanho, está mais perto. Ela vai ter de crescer e praticar muito para fazer tudo isso sozinha. Até lá, só deve andar na rua acompanhada! E de mãos dadas com o adulto, que deve segurá-la de preferência pelo pulso – mais difícil de escorregar caso ela resolva sair correndo. Hoje em dia, as calçadas também andam perigosas. Carros entram e saem a todo momento. Por isso, a mão dada também vale para a calçada.
6. Como se comportar em parques e playgrounds?
Os perigos aqui são dois. Primeiro, é bom a criança ter a noção de que brinquedos quebrados, podem machucar. A responsabilidade de verificar o estado de manutenção do parque é dos pais, mas a criança pode ajudar avisando quando notar algum problema. Mostre também que cada brinquedo funciona de um jeito, e será legal se isso for respeitado. A ideia não é cercear a criança, mas orientá-la e diminuir o risco de acidentes.
O ideal é nunca deixar a criança sozinha nesses lugares, mesmo que tenha um grupinho de mães por ali, já que nem sempre é possível prever quando elas sairão do lugar. Explique para seu filho que, caso você não esteja por perto, ele não deve sair do playground. Não pode sair do prédio e não deve ir ao apartamento de outra pessoa sem avisar você. Ele tem de fazer isso mesmo que os pais do amigo digam que está tudo bem.
7. As armadilhas dentro de casa
Uma casa pode ser perigosa para uma criança pequena. Há móveis altos, cantos de mesa, tomadas, acessórios de cozinha, produtos de limpeza, remédios, pisos escorregadios, janelas sem rede... O jeito é ir mostrando como cada coisa, se usada da forma errada, pode causar dodói. E explique tudo, com começo, meio e fim.
Dependendo da idade do seu filho, não adianta, por exemplo, simplesmente guardar os remédios em lugares altos. Ele ficará curioso e arrastará uma cadeira para alcançar. Diga que, à medida que ele for crescendo, aprenderá a lidar melhor com tudo aquilo e os riscos de perigo irão diminuir – mas não acabar. Aproveite seus próprios acidentes, como um corte na hora de picar legumes, para exemplificar que aquilo pode doer e não é legal. Com o tempo e muita explicação, elas podem ficar um pouco mais cuidadosas.

Uma ótima ideia é ensinar o número de telefone da polícia para a criança. O 190 é um número fácil de decorar e achar no teclado. Explique que se trata de algo muito sério, um telefone especial que não deve ser usado à toa. Mas tem de ser discado se: um adulto pedir, mamãe, papai ou quem estiver cuidando dele desmaiar, pegar fogo em algum lugar, um desconhecido tentar entrar na casa. Se conseguir dizer o endereço para quem atender, melhor ainda. Acredite: crianças e adultos já foram salvos por essa pequena atitude.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

O QUE É PRECISO SABER SOBRE A MAMA E SEU FUNCIONAMENTO ??

À futura mamãe
Você está grávida! Isso significa que seu organismo gerou e está desenvolvendo um novo ser que vem sendo nutrido pela sua placenta. É importante que você conheça o que está acontecendo com o seu corpo. Depois do nascimento, seu bebê vai ser alimentado com o seu leite. Muitas transformações ainda vão acontecer até que os seus seios estejam prontos para produzir o alimento indispensável para que seu bebê tenha um crescimento e desenvolvimento adequados.
Ainda durante a gravidez, por volta da vigésima semana de gestação, já começam as primeiras transformações, com o início da produção do leite materno. Durante o parto, com a saída da placenta, o hormônio que estimula a produção do leite - chamado prolactina, passa a ser liberado de forma intensa. Essa liberação é estimulada com o início da amamentação ainda na sala de parto; se possível ainda na primeira hora de vida.
Quanto mais seu bebê sugar o peito, mais leite você vai produzir.
Além da prolactina, outro hormônio também é importante na amamentação. É a ocitocina, responsável pela descida mais fácil e mais rápida do seu leite. Porém, sua liberação depende muito do estado emocional da mãe. Portanto, você precisa estar tranquila, confiante que vai ter sucesso da amamentação. Nada de pensamentos negativos! E fique longe de sentimentos como medo, raiva, ansiedade, dúvidas e dor.
Veja os sinais de que o hormônio ocitocina está sendo processado
• Você sente uma pressão, sensação de formigamento ou uma fisgada no seio imediatamente antes de amamentar o bebê ou durante a mamada.
• O leite pinga dos seios quando você pensa no bebê ou ouve seu choro.
• O leite pinga do outro seio quando seu bebê está mamando.
• O leite escorre de seus seios quando o bebê larga o seio, durante a mamada.
Nas primeiras semanas, você pode sentir alguma cólica devido às contrações uterinas durante as mamadas. As sucções do bebê são profundas e lentas durante a deglutição.
Como é a glândula mamária?
Agora que você já sabe como funciona, conheça a glândula mamária por dentro. Assim você poderá ajudar seu bebê a fazer a “pega correta”, tão importante para uma amamentação sem problemas.
A mama é formada em parte por tecido glandular e em parte por tecido conjuntivo e gordura, e tem a seguinte estrutura:
• alvéolo mamário: responsável pela produção do leite;
• ducto lactífero: responsável pelo transporte do leite dos alvéolos para o seio lactífero;
• seio lactífero: estrutura onde se deposita o leite produzido, localizados internamente, mais ou menos na direção da aréola, por isso é necessário que o bebê sugue de boca bem aberta abocanhando grande parte da aréola, para que possa buscar o leite no local onde fica armazenado;
• mamilo: estrutura por onde se dará a saída final do leite, evitar que o bebê abocanhe apenas o mamilo pois isto é o responsável em grande parte pelas fissuras e dor ao amamentar;
• aréola: estrutura escura ao redor do mamilo. Deve ser mais visível acima do que abaixo da boquinha do bebê quando ele estiver mamando.