sábado, 30 de julho de 2016

MEU FILHO CHUPA O DEDO! O QUE FAZER?

 Chupar o dedo é um comportamento instintivo e natural no bebê, que coloca os dedinhos na boca quando ainda está no útero materno. Ele faz isso para fortalecer a musculatura responsável pelos movimentos da sucção, preparando-se para mamar.
Apesar de natural, chupar o dedo pode gerar problemas fisiológicos, estéticos, emocionais e até de convivência em sociedade.
A sensação de conforto acalma a criança, que passa a relacionar a sucção com um estado de segurança e aconchego. O hábito pode durar certo tempo, e os problemas só aparecem quando este gesto se torna frequente e se estende para além do primeiro ano de idade.
Quando chupar o dedo se torna uma mania, um gesto automático, pode-se substituir o dedo por outra forma de conforto emocional, dependendo da dinâmica familiar e das preferências da criança.
Já nos casos de um comportamento ansioso, antes de retirar o hábito de chupar o dedo, deve-se diagnosticar e solucionar a causa da ansiedade.
Chupar o dedo pode ser sintoma de dificuldade para enfrentar uma situação nova. É comum, por exemplo, que uma criança que não chupava mais o dedo, retome o gesto com o nascimento de um irmão.
A criança maior, que ainda chupa o dedo, também pode ser excluída do grupo pelo comportamento infantilizado, já que o gesto de chupar o dedo pode ser caracterizado como uma “atitude de bebês”.

QUANDO PARAR
Não existe uma idade certa para a criança parar de chupar o dedo, mas o ideal é que persista apenas até o primeiro ano de vida. Quando vai muito além desta idade, pode provocar atrasos e alterações de fala, atraso do desenvolvimento e amadurecimento da mastigação e deglutição e de posição dos lábios, causando respiração oral ou mista, e até mesmo problemas na aceitação de determinados alimentos. Neste caso, é necessário o auxílio de psicólogo, fonoaudiólogo e dentista.
Para os dentistas, o período de sucção não nutritiva é tolerado até os 4 anos de idade, quando é possível constatar má oclusões (desvio do fechamento normal da boca).
A má oclusão pode interferir nas funções de respiração, deglutição, mastigação e fala, casos em que a fonoaudióloga poderá intervir.
Os fonoaudiólogos dizem que a dedicação dos pais e cuidadores é fundamental para a criança parar de chupar o dedo. Normalmente, são recomendadas manobras para fazer em casa, como envolver o dedo com materiais como fita adesiva, fita crepe, ou esparadrapo/micropore; desenhar personagens na pontinha do dedo ou na unha da criança; nas meninas apelar para a vaidade, pintando as unhas.
É possível também substituir o dedo por outro objeto, mas nunca utilizar métodos agressivos e inócuos como passar pimenta no dedo, ou outras substâncias de sabores odiosos.

QUEM PODE AJUDAR
Chupar o dedo pode ser um elemento de transição, da sucção para mastigação.
O trabalho na terapia fonoaudiológica envolve a conscientização da criança e a mudança de posturas e formas de respirar, mastigar, deglutir e falar.
O tempo do tratamento depende de cada criança e do seu núcleo familiar, e também do diagnóstico que estabeleça o possível motivo do hábito. Em casos que envolvam o emocional, é importante contar também com um psicólogo que poderá trabalhar simultaneamente com os demais profissionais. Inclusive com um ortodontista, caso a criança já esteja com problemas no posicionamento das arcadas dentárias.
Caso seu filho tenha mais de um ano e dificuldades para deixar de chupar o dedo, é importante procurar seu pediatra para fazer uma análise de todo quadro emocional e familiar e receber as orientações e, se necessário, ele irá acionar uma equipe multidisciplinar.

domingo, 24 de julho de 2016

ENURESE

A enurese é definida como perda involuntária de urina durante o sono em crianças com mais de 5 anos. Fazer xixi na cama é uma situação que acomete mais meninos do que meninas, e gera muitos transtornos tanto para a criança quanto para a família.
A enurese pode ser classificada como primária ou secundária. No primeiro grupo colocamos as crianças que nunca conseguiram deixar de usar fraldas durante a noite, e no segundo grupo estão aquelas que pararam de usar fraldas, mas depois de algum tempo voltaram a fazer xixi na cama.
Antigamente, a enurese era considerada uma alteração de comportamento da criança, que muitas vezes eram submetidas a castigos e punições. Atualmente, sabe-se que fazer xixi na cama não é “culpa” da criança. São alterações orgânicas e hormonais que justificam esse problema. Crianças que têm pais ou parentes próximos que foram enuréticos têm mais probabilidade de fazer xixi na cama, o que caracteriza, em muitos casos, a origem genética do problema.
Outras situações clínicas podem ter a enurese como sua primeira manifestação sintomática. A diabetes, as disfunções miccionais e doença renal crônica são algumas delas. Alterações psicológicas também podem levar ao aparecimento da enurese, como a separação dos pais, perda de parentes próximos ou mesmo troca de escola. Quem não conhece uma criança que voltou a fazer xixi depois do nascimento de um irmãozinho?
A enurese tem tratamento com abordagens diversas, desde o treinamento usando alarmes de cabeceira, até medicações que vão atuar na produção urinária noturna. Só um médico poderá indicar o melhor para cada criança. Fale com seu pediatra.
Nenhuma criança precisa continuar enurética. Atualmente, existem tratamentos adequados que levam ao controle do problema. Inicia-se com a avaliação criteriosa de cada caso e, com a ajuda de um nefrologista pediátrico, poderá ser escolhido o melhor tratamento para cada paciente.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

MEU FILHO ANDA DE BICICLETA!

A bicicleta é um meio de transporte eficiente, barato e que não polui o meio ambiente. É também uma forma agradável de se praticar atividade física, sendo atraente para crianças e adolescentes. Porém, andar de bicicleta envolve riscos de traumas, e deve ser feito com atenção e responsabilidade. Acidentes com bicicleta podem provocar lesões na face, nos dentes e fraturas de pernas e braços. Os traumatismos cranianos são uma grande preocupação, pelo risco de sequelas neurológicas e mortes.
Fique atento para os cuidados ao andar de bicicleta:
A escolha da bicicleta
Recomenda-se que os pais, antes de comprarem a bicicleta para o filho, orientem sobre a segurança no trânsito e adquiram o capacete, as luvas e os protetores de joelhos e cotovelos. Somente após essas medidas é que deverão comprar a bicicleta. Isso é importante para que, desde cedo, o filho se conscientize de que, para andar de bicicleta, é necessário estar preparado.
A criança deverá participar tanto da escolha da bicicleta, quanto da compra dos equipamentos de proteção, em especial do capacete, para que se sinta mais motivada a usá-los.
A bicicleta deve ser do tamanho correto para o ciclista. Não deve ser maior, porque é mais difícil controlar uma bicicleta de tamanho grande. Considera-se adequado o tamanho quando a criança, sentada no selim, segurando o guidão, consiga apoiar completamente os pés no chão. Bicicletas com duas rodas podem ser usadas a partir dos sete anos aproximadamente, mas os pais, independentemente da idade da criança, devem avaliar se o filho tem ou não capacidade para andar de bicicleta.
A bicicleta e o trânsito
A bicicleta deverá ser vista como um veículo, nunca como um brinquedo, e o ciclista é considerado um condutor vulnerável no meio do trânsito. Assim, os pais, além de ensinar os filhos a andar de bicicleta, devem orientá-los e conscientizá-los da necessidade de fazê-lo com segurança.
Enquanto as crianças devem andar de bicicleta somente em áreas protegidas, os locais mais seguros para jovens e adultos andarem de bicicleta são as ciclovias e as áreas destinadas ao ciclismo, por serem reservadas apenas ao trânsito de bicicletas, separando-as de caminhões, carros e ônibus porque, no meio do trânsito, o ciclista está sujeito a acidentes graves.
Se o adolescente necessitar usar a bicicleta como meio de transporte, os pais devem avaliar o trajeto, explicar-lhe a respeito dos riscos em estacionamentos, avenidas, cruzamentos e ruas. Devem também recomendar-lhe muita atenção durante todo o percurso, observando se há, na pista, acúmulo de água, areia, buracos, depressões e quebra-molas que aumentam o risco de acidentes. O jovem ciclista deve evitar morros íngremes, pois é difícil o controle da bicicleta na descida.
Se houver necessidade de o ciclista pedalar no trânsito, o que é perigoso, ele deverá andar sempre pela direita, no mesmo sentido dos demais veículos, nunca na contramão.
É indispensável que o adolescente conheça a sinalização, as normas de segurança e seja capaz de colocá-las em prática.
Cuidados ao andar de bicicleta
Para que o adolescente faça uso adequado da bicicleta com segurança e com comportamento solidário, vale a pena que as seguintes orientações sejam observadas:
1. Andar de bicicleta somente durante o dia, evitar o entardecer e a noite. 
2. Usar roupa que facilite a visualização do ciclista, o que é muito importante.
3. Evitar excesso de velocidade. 
4. Transportar somente uma pessoa por vez em cada bicicleta. 
5. Não andar de bicicleta com os pés descalços; deve-se, também, evitar calçados que possam prender-se na bicicleta. 
6. Não tirar as mãos do guidão nem realizar manobras perigosas; não fazer “acrobacias” com a bicicleta. 
7. Pedalar no sentido do trânsito, nunca na contramão. 
8. Conhecer e respeitar a sinalização do trânsito. 
9. Nunca andar segurando nas traseiras de ônibus ou caminhões. 
10. Evitar o uso de fones de ouvido, pois, além de impedirem a imprescindível atenção aos sons ambientais, levam à distração, aumentando os riscos.
11. Não usar bebida alcoólica e drogas, pois o risco de acidentes aumentará muito. 
12. Fazer revisões periódicas e manutenção das correntes, freios e calibragem adequada dos pneus da bicicleta. Muitos acidentes acontecem quando a bicicleta não está em boas condições para circulação. Por isso, a manutenção da bicicleta é um ponto importante de segurança. 

Equipamentos para ciclistas
O Código de Trânsito Brasileiro, no artigo 105, parágrafo VI, considera os seguintes equipamentos como de uso obrigatório para as bicicletas: “a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo”.

Capacete
Estudos mostram que a maioria das hospitalizações e mortes de ciclistas é devida a traumatismo craniano; ressaltam, também, a importância do uso do capacete para evitar e/ou diminuir a gravidade desses traumatismos, as sequelas neurológicas e a morte. É um equipamento indispensável para se andar de bicicleta; deve ser visto como uma forma de proteção imprescindível para a segurança do ciclista, da qual ele nunca deverá abrir mão. Cabe aos pais educar os filhos para o compromisso de usá-lo.
O capacete deverá ser próprio para ciclista, de tamanho adequado, para que se adapte bem à cabeça (não deve ser apertado nem grande demais), colocado corretamente e ter adesivos refletores para facilitar a
visualização do ciclista.
Como os pais são exemplos para o filho, deverão, também, usar capacete ao andar de bicicleta.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

TRANSPORTE SEGURO DA GESTANTE

Não existe nenhuma legislação específica sobre como a gestante deve se portar no trânsito e o que se vê é que algumas futuras mães recusam-se a usar o cinto de segurança, porque pensam que em uma colisão ele poderá machucá-las e ao seu filho.
As responsabilidades como condutora de veículos e obediência às leis do tráfego são idênticas em gestantes e não gestantes. 

A melhor proteção para a mulher e seu filho é, comprovadamente, o cinto de segurança.

Evitar dirigir nas seguintes situações:
• episódios freqüentes de vômitos, náuseas e câimbras.
• ameaça de abortamento
• após longos períodos de jejum, devido ao risco de hipoglicemia, quando tontura,sonolência, falta de atenção    e até desmaios podem ocorrer.
• em dias muito quentes, pela chance maior, neste período, de pressão baixa.
• edema (inchaço) importante das pernas, impossibilitando o uso de calçados fixos.
• da 36ª semana em diante, devido a proximidade do abdome com a direção.
• se estiver ingerindo algum medicamento, que cause sonolência.
• se sentir qualquer desconforto ou mal estar.
O ideal é sentar no banco traseiro, utilizando SEMPRE o cinto de 3 pontos: 
A faixa diagonal do cinto deve cruzar o meio do ombro, passando entre as mamas, NUNCAsobre o útero e a faixa sub-abdominal deve estar tão baixa e ajustada quanto possível. 
Se a gestante não estiver utilizando o cinto de 3 pontos, no momento de uma colisão ou freada brusca, ao ocorrer compressão do abdome pela direção, pode haver rotura uterina e morte do feto.
Recomendações de segurança ao dirigir:
• afastar o banco para trás, o mais longe possível da direção (sem comprometer a segurança) - a distância        entre o abdome e o volante deve ser de 15 cm, pelo menos.
• o volante deve estar inclinado para cima ou longe do abdome.
• evitar longas distâncias, jejum, calor ou frio excessivo e estradas ruins.
Atenção:
• não há estudos conclusivos se o air-bag é perigoso para a gestante.
• a principal causa de morte de origem não obstétrica na gestante é o trauma.
• a mortalidade do bebê quando ocorre trauma (acidente) é de cerca de 70%.
• mais de 50% dos traumas e acidentes ocorrem no último trimestre, o útero já está volumoso e a agilidade      física fica comprometida.
• neste período, pela ansiedade natural da proximidade do nascimento do bebê, a gestante pode apresentar      julgamento alterado frente a situações de perigo iminente.
 

quarta-feira, 6 de julho de 2016

QUEDAS! O QUE FAZER?

Queda é a maior causa de visita à unidade de emergência. Ocorre em qualquer idade e as lesões decorrentes podem ser extremamente graves, envolvendo membros (feridas abertas e fraturas), crânio (traumatismo crânio-encefálico) e abdômen (lesões de órgãos internos).
A maioria das quedas ocorre em casa, acomete crianças de 0 a 5 anos, e estão associadas à ausência de algum cuidador.
Com a supervisão de adultos, modificações do ambiente onde a criança vive, brinca e estuda, e informações claras em produtos de uso infantil, o risco e as lesões decorrentes de quedas podem ter uma redução significativa.
Alguns alertas de prevenção deste tipo de acidente:
Em lactentes:
1. Nunca deixe bebês sozinhos em qualquer local da casa, particularmente em camas, sofás, trocadores, beliches, mesmo que a criança ainda não tenha adquirido a capacidade de rolar.
2. Tenha certeza que colocou grades de proteção em qualquer móvel utilizado para a criança dormir.
3. Cuidado na escolha de cadeiras para oferecer a alimentação. Devem ter base alargada, trava e cinto. Sempre supervisionar a criança, mesmo que ela esteja contida na cadeira com dispositivos de segurança.
4. No berço, observe se a altura da base é suficiente para evitar que a criança caia por cima da grade. Se o limite superior for menor que ¾ da altura da criança, o berço não pode mais ser usado. Estas orientações devem ser seguidas a partir do momento em que a criança consegue ficar em pé com apoio.
5. Nunca coloque brinquedos ou travesseiros dentro do berço. Estes objetos podem cair para fora e a criança tentando alcançá-lo, pode cair.
6. Quando a criança passar para a cama, instale grade protetora dos dois lados.
7. Nunca use andador. É muito comum a queda do andador em escadas, e as lesões decorrentes desta queda sempre são graves, com trauma de crânio e hospitalização.
Em pré-escolares e escolares:
Em casa
1. Disponha os móveis de maneira que a supervisão de seu filho possa ser constante e direta.
2. Trave portas e bloqueie o acesso às áreas perigosas da casa, como lavanderia, cozinha e área externa.
3. Remova tapetes e utilize material de borracha em banheiros.
4. Remova brinquedos e roupas do chão, que possam provocar tropeços, deslizes e quedas.
5. Instale grades protetoras em escadas e áreas de risco da casa, e oriente os familiares para sempre fechá-las após o uso.
6. Instale redes ou grades de proteção em todas as janelas dos apartamentos ou casas do tipo sobrado.
7. Mantenha os móveis afastados das janelas.
Em área externa a casa
1. Proíba atividades em áreas elevadas, como balcões, lajes e telhados.
2. Prefira triciclos a bicicletas.
3. A utilização de equipamentos de proteção como capacetes, cotoveleiras e joelheiras em atividades com bicicleta, diminui a gravidade, mas não evita as lesões decorrentes das quedas. Estas atividades devem sempre ser supervisionadas por um adulto e realizada em áreas fechadas, sem trânsito urbano.
Saiba mais: Crianças e Adolescentes Seguros. Guia Completo para Prevenção de Acidentes e Violências. Sociedade Brasileira de Pediatria. Coordenadores: Renata D. Waksman, Regina M. C. Gikas e Wilson Maciel. Editora: Publifolha, 2005.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

POR QUE IR NA CONSULTA PRÉ-NATAL COM O PEDIATRA?

A consulta pré-natal com o pediatra é muito importante tanto para a gestante de alto risco quanto para a gestante de baixo risco. É o momento de discutir os problemas, as doenças ocorridas, os medicamentos usados na gestação e as expectativas dos pais. Essa consulta deve ser realizada no terceiro trimestre da gravidez.
Ela permite um conhecimento prévio entre a mãe e o pediatra, que poderá esclarecer e orientar quanto à assistência em sala de parto e o pós-parto imediato.
Ali serão esclarecidos também os procedimentos nas primeiras consultas do bebê e como será o acompanhamento da criança no primeiro ano de vida; as primeiras vacinas, os primeiros testes laboratoriais, o teste auditivo, oftalmológico e o teste do coraçãozinho que deve ser feito ainda na maternidade.
O pediatra também pode orientar a futura mamãe sobre o aleitamento materno, o cuidado e preparo das mamas durante a gestação, no pós-parto imediato e durante toda a lactação. É muito interessante que os pais saibam da importância do leite materno para o bebê e o que ele pode prevenir. O leite materno é considerado definitivamente precursor de uma vida saudável. Nesta consulta pré-natal com o pediatra, a mãe receberá também orientações quanto à higienização do bebê, de suas roupinhas e do ambiente.
O parto deverá ocorrer em ambiente hospitalar, com a presença obrigatória de um pediatra habilitado em reanimação neonatal, que dará assistência ao recém-nascido. Logo após o nascimento, o bebê que estiver bem deverá ficar com a mãe, iniciando a amamentação ainda na sala de parto e permanecendo em alojamento conjunto até a alta do hospital. 
Os bebês que necessitarem de assistência logo após o nascimento, depois de estabilizados, deverão ser encaminhados ao berçário de alto risco ou à UTI neonatal. Partos prematuros ou de risco deverão ocorrer em hospitais com UTI neonatal e UTI para adultos.
O melhor transporte para o recém-nascido é o útero materno.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

DENGUE

 A dengue é considerada um grave problema de saúde pública, principalmente em regiões subtropicais e tropicais. É uma doença febril aguda, causada por um dos quatro tipos do vírus Dengue (1, 2, 3 e 4), e que se manifesta desde quadros leves, sintomas clássicos, até formas graves, que podem evoluir para o óbito. Acomete principalmente crianças pequenas (lactentes), escolares e adultos.
Como a dengue pode ser transmitida?
A transmissão ocorre pela picada da fêmea do mosquito da gênero Aedes aegypti que esteja infectada pelo vírus da dengue. Esta fêmea do mosquito permanece infectada por toda sua vida (de 6 a 8 semanas), mantendo o ciclo de infecção homem-mosquito-homem.
Quais os sintomas da dengue?
Em geral, após 4 a 10 dias da picada surge a primeira manifestação da forma clássica da doença, que é a febre alta (39 a 40 °C) de início súbito, com duração de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça (cefaleia), dores no corpo (mialgia) e articulações (artralgias), prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele (exantema) e coceira (prurido cutâneo), além da diarreia, enjoos (náuseas) e vômitos. Na criança, a fase febril inicial da doença pode ser confundida com outras doenças febris (como gripe, sarampo, rubéola, etc.), e, portanto, sempre que possível ela deve ser avaliada e acompanhada por um pediatra.
Como reconhecer a forma grave da doença?
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, geralmente entre o 3º e 7º dia da doença, a maioria dos casos irá evoluir para a cura. No entanto, cerca de 10% dos casos podem apresentar sinais de alarme, que indicam evolução para a forma grave da doença, que são:
– dor abdominal intensa e contínua;
– vômitos persistentes;
– acúmulo de líquidos no abdômen, pulmões e coração (ascite, derrame pleural e derrame pericárdico);
– sangramento de mucosas (nariz, gengivas);
– sonolência ou irritabilidade;
– sensação de desmaio, tonturas.
O que fazer na suspeita de dengue?
Procurar o atendimento médico para a avaliação clínica, que norteará a solicitação dos exames (de sangue ou de imagem – RX de tórax, ultrassonografia) e orientação das medidas gerais, como a ingestão aumentada de líquidos (água, sucos, soro ou água de coco) e os medicamentos sintomáticos. Na presença de sinais de alarme, procurar imediatamente atendimento em unidade de urgência e emergência, ou hospital.
Existe medicamento específico para combater ou prevenir a doença?
Não existem medicamentos específicos ou vacinas para prevenir a doença. É importante seguir as recomendações médicas, evitando a automedicação, principalmente os medicamentos à base de ácido acetil salicílico (AAS), e de outros anti-inflamatórios.
Quais as medidas de controle da dengue?
Como o período de maior transmissão coincide com o verão e o início do período de chuvas, época em que os fatores climáticos favorecem a proliferação do mosquito, as medidas de controle da doença se baseiam na redução da quantidade de mosquitos. Para isso, é preciso manter o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros, ou seja, os locais que acumulam água, pois o mosquito precisa de um ambiente com água para se reproduzir. É muito importante que cada um faça sua parte, evitando que a água fique acumulada em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
FONTE: 
Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue/SVS/MS.
Rede de Ações Integradas de Atenção à Saúde no Controle da Dengue/ Fiocruz.