terça-feira, 12 de junho de 2018

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A PAPINHA DO SEU BEBÊ


A introdução de alimentos complementares ao aleitamento materno é uma das fases do bebê que mais geram insegurança aos pais. Dúvidas como quando iniciar as papinhas, o que oferecer, como prepará-las e quanto o bebê deve comer são alguns exemplos dos questionamentos mais comuns.

Quando introduzir a papinha?

Os alimentos complementares devem ser introduzidos com a prescrição do pediatra, podendo variar de criança para criança.
Quando a criança recebeu aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade, as papinhas começam a ser introduzidas nesta idade, fase em que as necessidades nutricionais da criança já não são mais atendidas só com o leite materno. Embora este ainda continue sendo uma importante fonte de calorias e nutrientes, devendo ser mantido até 2 anos ou mais.
A partir desta idade, o bebê apresenta maior maturidade fisiológica e neurológica para receber outros alimentos, como por exemplo, a diminuição progressiva do reflexo de protrusão da língua, o que facilita a ingestão de alimentos semissólidos, a produção de enzimas digestivas em quantidade suficiente para esta fase e o desenvolvimento da habilidade de se sentar, permitindo o uso de colher com mais facilidade.

**A consistência adequada dos alimentos é um importante fator que ajuda a garantir a oferta de energia para criança. Nessa idade, o estômago do bebê tem o tamanho reduzido e a administração de alimentos muito diluídos irá saciar a criança, sem, contudo, oferecer necessariamente quantidade adequada de calorias e nutrientes.
Aos 6 meses os alimentos devem ser amassados com o garfo, sem o uso de liquidificador ou peneiras para que sejam aproveitadas as fibras dos alimentos. Nessa idade os dentes estão próximos das gengivas que, por estarem mais endurecidas, auxiliam a triturar os alimentos.

A consistência da papinha deve aumentar progressivamente, de forma que perto dos 9 meses a criança inicie o consumo de alimentos em pequenos pedaços e aos 12 meses já consuma na mesma consistência com que são consumidos pela família.
É importante lembrar que a educação alimentar se inicia desde os primeiros dias.

**Outro ponto importante, é a oferta de alimentos separadamente e não misturados, pois é uma forma da criança reconhecer o que está sendo consumido e desenvolver aos poucos o paladar e as preferências alimentares.

**O sal é usado para realçar o sabor de forma corriqueira no preparo da refeição da família, mas que deve ser utilizado moderadamente na alimentação do bebê. Isso porque o excesso de sódio, um dos componentes do sal, pode causar hipertensão na criança, o conteúdo de sódio naturalmente presente nos alimentos já é suficiente.
Não podemos nos esquecer da importância de oferecer água potável para crianças a partir da introdução da alimentação complementar. Essa conduta ajuda a preservar a saúde dos rins, sem que haja sobrecarga destes órgãos.